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36 | II Série B - Número: 108 | 21 de Abril de 2009

З - Dentro deste conceito de Centro Hospitalar, e à luz do estado da arte duma medicina interactiva e racionalizada, faz todo o sentido a instalação na unidade da Régua de um centro de oftalmologia de excelência como aquele que recentemente entrou ao serviço, tal como fazia sentido a proposta do Prof.
Correia de Campos quando incluiu no protocolo, entretanto recusado pelo Presidente da Câmara da Régua, a criação dum Serviço de Neurologia de AVC via verde.
4- De facto, a atitude da maioria PSD na autarquia reguense em recusar o protocolo, inviabilizar as conversações e de recusar participar numa comissão de acompanhamento, com poderes para monitorizar e proceder aos ajustamentos necessários para um bom funcionamento do atendimento de consultas urgentes, constituiu um dos principais entraves a uma boa evolução do processo, não só no que diz respeito à revitalização dos serviços do Hospital, bem como no que tem a ver com o funcionamento e os horários da consulta aberta e do INEM.
5 - No entanto, e tal como estava previsto, o acompanhamento estatístico tem vindo a ser feito adequadamente, e permite concluir que os horários da consulta aberta e do INEM se encontram desfasados da realidade e das necessidades dos doentes. Eventos clínicos emergentes, em maior quantidade no período diurno, altura em que a SIV do INEM não está operacional, assim como uma procura estatisticamente significativa do serviço da consulta aberta, durante a noite, das 0 às 8 horas, sobretudo na época de maior frequência turística, de Abril a Novembro.
6 - Lamentavelmente, em vez de termos uma autarquia reivindicativa, participativa e promotora de pequenos e grandes ganhos para a instituição hospitalar, temos continuado a assistir à demagogia e a manobras de marketing político. O anúncio da entrega da exploração do Hospital a uma parceria com um grupo privado é o exemplo mais recente. Desconhece-se a existência de estudo de viabilidade económica e de projecto. Se a Administração Central não foi ouvida, esta publicidade enganosa apenas poderá servir para confundir os cidadãos, que legitimamente se têm vindo a interrogar sobre quem é que pagaria os serviços a prestar no Hospital, caso aquela privatização fosse para a frente. O cidadão, a Câmara ou o Governo ? 7 - No contexto da gestão de serviços conduzida pela administração do Centro Hospitalar, não deixa, no entanto, de causar alguma perplexidade e desagrado a situação das consultas externas, incompreensivelmente ainda muito reduzidas. Os concelhos da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio geram muitas consultas externas, Os doentes têm que se deslocar a Vila Real a consultas que podiam e deviam ser feitas no Hospital da Régua, evitando assim gastos espúrios, tanto para o utente como para o próprio Centro Hospitalar, que a partir da 2.a consulta assume a despesa com o transporte.
Parece-me por isso inadiável a instalação na unidade da Régua das consultas externas que têm maior procura pela população. Há instalações dedicadas, logística, recursos humanos de enfermagem e administrativos e um corpo clínico mobilizável, sedeado em Vila Real. Sem consultas externas instaladas e consolidadas no Hospitaí da Régua jamais a população dos três concelhos se poderá rever neste modelo de organização que deu origem ao actual Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
8 - Para nesta região se prosseguir uma política de saúde justa e assertiva, tanto no contexto dos cuidados diferenciados como no dos cuidados primários, é imprescindível entender a tradição, a cultura e a dinâmica socioeconómica das populações dos três concelhos: Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio. Com cerca de 35 000 residentes, a população destes concelhos desde sempre partilhou de dinâmicas comuns na esfera social, comercial, agrícola, e agora mais recentemente, turística, a que não