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8 | II Série B - Número: 173 | 17 de Março de 2012

concretização, como reiteradamente afirmaram os responsáveis da empresa Metro do Porto, ―(… ) no mais curto espaço de tempo.‖.
E passaram-se governos de diferentes partidos e coligações, a proporia composição e estrutura acionista da empresa Metro do Porto alterou-se, e avançaram outras expansões, com previsão de concretização muito mais longínquas e temporalmente mais onerosas.
A única constante, (… ), foi a falta de execução da expansão do metro até à Trofa. Só em setembro de 2009, o projeto pareceu dar passos importantes rumo à sua execução física com o lançamento do concurso para a construção da linha do metro até à Trofa, numa cerimónia que contou com a presença da então responsável pela secretaria de estado dos transportes Dr.ª Ana Paula Vitorino, que garantiu que aquele era o momento de ―repor a justiça‖, dando por certo que o metro estaria a circular pela Trofa em finais de 2011.
Dada a conjuntura financeira decorrente da crise internacional, associada aos inevitáveis PEC a que o país foi forçado, no final de 2010, o projeto de expansão até à Trofa teve um novo revés, tendo sido inicialmente suspenso o concurso e posteriormente anulado.
Assim, a vontade politica demonstrada de ―repor a justiça‖, não encontra correspondência com a realidade fáctica e histórica. E hoje, dezembro de 2011, temos demonstrado que a estoica paciência destas populações tiveram com as numerosas dificuldades de mobilidade que lhes foram criadas, com a interrupção do serviço ferroviário em benefício da expansão do Metro do Porto até à Trofa, não foram, de forma alguma, coincidentes com a esperança que elas depositaram em todo o processo. Todo este processo teve o condão de provocar uma progressiva erosão da confiança popular nos seus eleitos e nos agentes da administração, e que conduziu a alguns boicotes a atos eleitorais, a algumas manifestações mais acaloradas e por fim a uma petição junto da assembleia da Republica – como última réstia de esperança para que nos sejam devolvidas as condições de qualidade de vida que tínhamos.
Vale a pena referir que, em todo o processo associado ao Metro do Porto, não existe um tratamento mais iniquo e injusto, como aquele a que se encontram sujeitas as populações deste concelho, porque, contrariamente, à maioria dos outros concelhos, o nível de mobilidade pré-existente era muito mais eficaz e qualitativamente mais eficiente que aquele que existe atualmente, assegurado através dos transportes por via rodoviária pela empresa Metro do Porto. Para comprová-lo basta percorrer a congestionada Estrada nacional n.º 14 a qualquer hora do dia, que para se andar uma dúzia de quilómetros, se leva mais de trinta minutos.
Todo este sentimento de descrença e de injustiça tem-se vindo a aprofundar e adensar como tratamento que tem sido dispensado a outras populações, como por exemplo, as da Lousã e de Miranda do Corvo.
Em suma, e enquanto presidente do Município da Trofa não posso deixar de lamentar todas as vicissitudes e incidências que têm marcado todo este processo. Exigindo que seja feita justiça em relação a estas populações, tão portuguesas como quaisquer outras deste país. Quero, contudo, afirmar que não ignoramos as dificuldades em que as finanças públicas se encontram mergulhadas, nem a difícil situação da empresa Metro do Porto, mas para tal situação não concorreram estas populações que apenas perderam e nada ganharam, encontrando-nos com esprito suficiente para negociar uma solução satisfatória.‖.
Por ofício datado de 25 de janeiro pp., a Junta Metropolitana do Porto pronunciou-se sobre a matéria informando, em síntese, nos seguintes termos:

― A ligação ao Município da Trofa, atravçs do metropolitano de superfície, faz parte de um ―pacote‖ a que se entendeu chamar ―segunda fase da expansão do Metro do Porto‖. Este segmento, porçm, estava num estado bastante adiantado, contando como concurso público da empreitada já lançado.
É do conhecimento geral que a empresa Metro do Porto, SA, depende, em termos de investimentos em infraestruturas, do financiamento da Administração Central.
A Junta Metropolitana do Porto tem acompanhado a evolução do processo e tem mantido, com os responsáveis governamentais, quer do atual quer do anterior Governo, uma relação estreita com vista a conseguir financiamento para a expansão da rede desta importante infra-estrutura de transportes. Porém, como certamente, V. Ex.ª compreenderá, a questão levantada excede claramente as competências desta Junta Metropolitana.‖.
Mediante comunicação de 20 de janeiro p.p., o Conselho de Administração da Metro do Porto, SA, fez chegar a sua pronúncia acerca da petição em apreço, fazendo-o, sucintamente, nos seguintes termos: