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Há seis meses, eram cinco os oncologistas que trabalhavam neste serviço do Hospital do
Barreiro; agora, são apenas três. Em março de 2012, um oncologista saiu e, em junho passado,
a administração do CHBM autorizou a cedência de um outro clínico ao Hospital Garcia da Orta,
evocando o regime de interesse público. Neste caso, trata-se de uma pessoa que irá assegurar
a direção do serviço de oncologia médica do Hospital Garcia da Orta, sendo assistente
graduado de medicina interna e assistente hospitalar de oncologia médica (e não assistente
graduado de oncologia médica) e que, de acordo com o protocolo de cedência assinado, irá
trabalhar 20 horas no Barreiro e 22 no Garcia da Orta, o que faz questionar como é possível
dirigir-se um serviço de oncologia nestes moldes.
A difícil situação em que se encontra atualmente o serviço de oncologia do Hospital do Barreiro
é inaceitável e configura um incompreensível desrespeito pelos utentes, pelas equipas e pelo
excelente serviço diferenciado e de referência que esta unidade presta. O Bloco de Esquerda
receia que esta situação configure um plano mais alargado que vise a absorção deste serviço
pelo Hospital Garcia da Orta. Urge clarificar os motivos que subjazem à situação em que se
encontra o serviço de oncologia do Hospital do Barreiro bem como conhecer as medidas a
serem implementadas para garantir a sua adequada e capaz continuação em funcionamento.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do
Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
O governo tem conhecimento da situação exposta?1.
O governo considera a possibilidade de encerrar o serviço de oncologia do Hospital do
Barreiro?
2.
Que medidas vai o governo implementar para garantir a contratação de médicos
especialistas para o serviço de oncologia do Hospital do Barreiro, de modo a assegurar a
continuidade deste serviço?
3.
Por que motivo foi autorizada a cedência de um médico do Hospital do Barreiro para o
Hospital Garcia da Orta, contra a indicação do chefe de serviço?
4.
O Governo considera possível que um médico assegure a Direção de um serviço médico de
oncologia, no caso em apreço, do Hospital Garcia da Orta, trabalhando neste local apenas 20
horas por semana?
5.
Palácio de São Bento, terça-feira, 24 de julho de 2012.
Deputado(a)s
JOÃO SEMEDO (BE)
27 DE JULHO DE 2012
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