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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
REQUERIMENTO
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O Secretário da Mesa
Assunto:
Destinatário:
Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República
Os deputados subscritores assistiram à operação do navio de cruzeiros “Ocean Princess” no
porto de Portimão, o qual transportava 670 passageiros e 370 tripulantes. Falaram com
responsáveis portuários, subiram a bordo, visitaram a embarcação e dialogaram com o capitão e
outros membros do comando. Da visita e da troca de pontos de vista, ressaltou uma convicção:
Portugal desperdiça em Portimão um potencial enorme de desenvolvimento turístico, por falta de
um reduzido investimento público nesta infra-estruturaportuária.
A premissa é simples. Portimão está fora do grande mercado de cruzeiros, e poderia estar
dentro. Em 2011, escalaram em Portimão 59 navios de cruzeiro, 4 deles tiveram que ficar ao
largo. Mesmo assim, isto significou 45.000 turistas, sem contar com as tripulações. Cada turista
despende em terra uma média de 60,00/dia. O cais comercial tem apenas 220 metros de
extensão, só pode acolher navios com comprimento inferior a 215 metros. 10 companhias detêm
80% do mercado mundial. Dos seus 140 navios, apenas 10 têm menos de 215 metros de
comprimento, os restantes variam entre os 215 e os 300 metros. Mais uma vez, a conclusão é
simples: Portimão está fora do mercado. Acresce que esses grandes navios, que transportam
3.000 a 3.500 turistas, mais os tripulantes (rácio de 1 tripulante por passageiro em barcos de
alto luxo, e de 1 tripulante por dois passageiros na classe média/alta) precisam de um canal de
acesso e de uma bacia de manobras com profundidade entre os 10m e os 12m. Actualmente, há
muitos pontos do canal de acesso que não ultrapassam os 6 metros de profundidade. É
necessário proceder a dragagens de 4 em 4 anos. A última, data de 2008. Está na hora de uma
nova dragagem, que alargue o canal de acesso para uma largura entre os 200 e os 250 metros
(actualmente é de 150 metros), e de uma bacia de manobra com 450 metros de diâmetro
(actualmente fica-se pelos 150 metros).
A fórmula começa por ser simples: num porto que, desde a sua construção (ao tempo dos
governos de Cavaco Silva), nunca mais beneficiou de melhoramentos, são necessários cerca de
25 milhões de Euros de investimento para proceder às dragagens necessárias (1), à extensão
do cais comercial em 220 metros (2) e à aquisição de um rebocador próprio (3). É possível, no
entanto, estabelecer um quadro de prioridades. Não se poderá lançar um concurso para a
realização de dragagens, nem concorrer aos fundos comunitários, se não for feito o estudo
técnico correspondente. Este, compete ao LNEC, não existe ainda, levará no mínimo 9 meses a
X 3924 XII 1
2012-09-11
Paulo
Batista
Santos
(Assinatura)
Digitally signed by
Paulo Batista
Santos (Assinatura)
Date: 2012.09.11
15:18:52 +01:00
Reason:
Location:
TURISMO DE CRUZEIROS EM PORTIMÃO: COMO PORTUGAL DESPERDIÇA UM
POTENCIAL DE 250 000 TURISTAS POR ANO
Ministério da Economia e do Emprego
14 DE SETEMBRO DE 2012
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