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já, é um atentado à inteligência, e foi por isso que me envolvi no processo,

porque me senti insultado quando me apercebi como é que o Ministério

Público estava a trabalhar.

Para além disso — e podem ler, porque estão lá os factos — dei queixa,

em tempo útil, desses factos nos organismos respetivos, ou seja, no Provedor

de Justiça e no Conselho Superior do Ministério Público. E o que se verifica,

face aos meus depoimentos, é que há um comportamento, ao longo de todo

o processo, por parte do mesmo agente do Ministério Público que

acompanhou todo o processo de Camarate — concretamente, para não haver

confusões, o Procurador Boaventura Marques da Costa —, o que se verifica,

repito — e acho que isto deve ficar em ata —, é que há uma falsificação

completa da metodologia e das conclusões que ele tira, passo a passo, do

processo. E esse senhor teve a distinta «lata» de construir uma narrativa,

como agora se diz, em torno de hipóteses que não tinham qualquer

sustentabilidade e às quais, na altura, por ingenuidade, aderi, que era a

hipótese de os tais bombeiros terem cortado os cabos e de isso ter provocado

o aparecimento de esquírolas, que, depois, apareciam estranhamente no pé

do piloto e que, depois, veio a descobrir-se, por baixo, na zona onde aparece

o tal orifício em que se deu a explosão.

Portanto, esse senhor teve a distinta «lata» de ter formulado, sem

qualquer fundamento, essa hipótese — e eu até ajudei, dizendo «Até podia

ter sido um bocado de ferrugem da chaminé do prédio quando o avião bateu

ou qualquer coisa do género!» —, de ter partido dessas hipóteses, depois de

ter ouvido o meu depoimento a pedir a observação de radiografias que diziam

que estavam extraviadas e que, realmente, estavam nos cofres da Caixa Geral

de Depósitos, depois de tudo isso, ter dito que eu não tive qualquer dúvida

em apoiar as conclusões oficiais do processo.

1 DE JULHO DE 2015______________________________________________________________________________________________________________

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