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de repente, pica sobre o chão, quase a direito. Eu perguntei-lhe: «Por que é

que não perguntou ao piloto o que é que se passava?», e ele disse-me que

não havia tempo. É, nessa altura, que ele aciona os bombeiros e os manda

para o final da pista. Ele depreende que o avião caiu no final da pista.

O Sr. Prof. Eng.º Henrique Botelho de Miranda: — Caiu para lá da

pista, para lá da torre, já dentro do bairro de Camarate. Já foi para lá da torre.

O avião, efetivamente, descaiu.

Se a torre perguntou qualquer coisa ao piloto, duvido que o piloto

Albuquerque, nesse momento, já conseguisse responder fosse o que fosse ou

fazer fosse o que fosse. Já iria com uma carga de carboxiemoglobina no

sangue de tal ordem que, provavelmente, estaria ou já morto ou na iminência

da morte. Teores desses, de 42%, são mortais.

O Sr. Augusto Cid (Representante dos Familiares de Jorge Manuel

Moutinho Albuquerque): — O que eu quero dizer é que isto aconteceu e está

dito, várias vezes, pelo controlador da torre. Mas o que se passou foi que,

realmente, o piloto conseguiu, numa manobra de emergência, recuperar

dessa posição, que parecia definitiva, e nivelar o aparelho. A partir daí, o

piloto foi-se embora também e deixou o avião a voar sozinho, num voo cego.

O avião não perde a altura, o avião nunca entra em perda, o chão é que sobe,

direito ao avião, porque ele sai do ponto zero e a cota onde ele caiu é de 25

m.

Portanto, o avião viaja em voo nivelado e, se não tem tocado nos fios

elétricos, que alteraram a sua rota, tinha passado por cima de Camarate e iria

cair muito mais longe.

O Sr. Prof. Eng.º Henrique Botelho de Miranda: — Pois, pois.

II SÉRIE-B — NÚMERO 56______________________________________________________________________________________________________________

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