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O Sr. Prof. Dr. Eng.º José Cavalheiro: — Sim, sim.

O Sr. Prof. Eng.º Henrique Botelho de Miranda: — … mas, depois,

esqueceu-se de uma coisa, que é significativa e que interfere, digamos, com

a minha área de investigação. Chegaste à conclusão de que era dificílimo

pulverizar alumínio àquele grau,…

O Sr. Prof. Dr. Eng.º José Cavalheiro: — Sim.

O Sr. Prof. Eng.º Henrique Botelho de Miranda: — … mas, depois,

também detetaste a presença de partículas ferrosas e com forma de esquírola.

O Sr. Prof. Dr. Eng.º José Cavalheiro: — Exato!

O Sr. Prof. Eng.º Henrique Botelho de Miranda: — Isso tornou-se

altamente suspeito, porquê? Porque arrancar esquírolas de aço só é possível

mediante uma substância explosiva, que tenha uma pressão de detonação

muito alta. O TNT tem.

A pressão de detonação, para fazer uma ideia do que é, obtém-se

multiplicando a densidade do explosivo pelo quadrado da velocidade de

detonação, que é a velocidade de reação. A decomposição de um explosivo

é sempre uma reação química que se dá a velocidades absurdamente altas.

No caso do TNT anda à volta de 4000 m/s.

Portanto, elevando 4000 ao quadrado e multiplicando pela densidade

do explosivo, tem-se ideia da ordem de grandeza da pressão gerada, que anda

à volta de 20 000 a 30 000 atmosferas. Quer dizer, uma pressão desta

natureza a incidir sobre materiais metálicos, neste caso sobre os cabos de

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