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pequenas como aquelas que apareceram nos vestígios e que estão no relatório

do RARDE e nas radiografias.

Isso só, sem mais nada, perante gente de boa-fé, chamemos-lhe assim,

era o suficiente para dizer «houve aqui uma detonação», sem margem para

dúvidas. Só isso! Tudo o resto, se virem o relatório, é o tal puzzle, o tal molho

de chaves…Têm até o armário da cozinha onde servem as chaves todas!

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Mesmo para terminar, e é sempre

bom fazer uma pergunta muito clara: segundo os Srs. Professores, não há

possibilidade que essa explosão ter ocorrido sem um engenho exterior que a

provocasse? Não há, mecanicamente, no avião… Ou seja, não é possível que,

por uma razão qualquer, por uma deficiência mecânica — não sei, também

não sou especialista em aviões —, a explosão pudesse acontecer?

Forçosamente, teve de haver um engenho explosivo do exterior? O avião, só

por si, nunca poderia ter sofrido uma explosão desse tipo?

O Sr. Prof. Eng.º Henrique Botelho de Miranda: — Essa parte do

exame não foi, obviamente, conduzida por mim, mas foi e esteve mais a

cargo do Sr. Queirós Neves, que é inspetor de acidentes de aviação e que era

uma pessoa extremamente escrupulosa. Era um homem que fazia tudo de

acordo com os protocolos de investigação, fazia tudo by the book, como se

costuma dizer. Até as diligências que se via, claramente, que eram

supérfluas, ele cumpria. De modo que, desse ponto de vista, foram

examinados todos os restos do avião por ele e por um outro membro da

Comissão, o Eng.º Luís Alves, salvo erro, engenheiro mecânico, para,

precisamente, tirarem conclusões acerca da possibilidade de ter sido

qualquer dispositivo próprio do avião que tenha sofrido um acidente desse

tipo, fosse ele elétrico, mecânico… mas, provavelmente, elétrico, não é?!

II SÉRIE-B — NÚMERO 56______________________________________________________________________________________________________________

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