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23 DE ABRIL DE 2022

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da UGT.

Politicamente ativo antes e depois da Revolução dos Cravos, Maldonado Gonelha teve um invejável percurso

político, tendo desempenhado os mais relevantes cargos públicos. Nos primeiros governos provisórios foi

adjunto do Ministro dos Transportes e Comunicações e do Ministro da Indústria e Subsecretário de Estado do

Trabalho. Mais tarde, foi Secretário de Estado do Trabalho do I Governo Constitucional, Ministro do Trabalho

nos I e II Governos Constitucionais e Ministro da Saúde no IX Governo Constitucional. Foi também Deputado à

Assembleia da República na I Legislatura (pelo círculo de Setúbal), na II Legislatura (pelo círculo de Leiria), e

na III e IV Legislaturas (de novo por Setúbal) e exerceu funções como presidente da Assembleia Municipal de

Setúbal após as primeiras eleições autárquicas de 1976. Seria aí, aliás, que marcaria grande parte do seu

percurso no Partido Socialista, presidindo à respetiva Federação Distrital (tendo igualmente militado na concelhia

de Oeiras).

O seu prestígio e reconhecida competência como gestor levaram-no, mais tarde, a ocupar cargos públicos e

privados de direção, integrando a administração da EDP, da Petrogal, da Quimigal, da COVINA, da Fórum

Atlântico, da Lusitânia-Companhia de Seguros e do Montepio Geral tendo, também, presidido à Fundação Caixa

Geral de Depósitos. Foi, ainda, presidente dos conselhos gerais dos Hospitais de Santa Cruz e de Miguel

Bombarda e do Grupo Hospitalar de Cascais José de Almeida.

Cidadão de convicções fortes, Maldonado Gonelha era uma pessoa singular. As suas muitas qualidades

políticas e humanas – invulgar inteligência, grande perspicácia, capacidade organizativa e de trabalho, enorme

afabilidade nas relações humanas – marcaram indelevelmente aqueles que com ele privaram e com ele se

empenharam na defesa dos valores da liberdade e da democracia. Permanecerá, por isso, um exemplo e uma

inspiração para todos os que prosseguem na construção desse caminho.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, evoca a memória de António Maldonado

Gonelha e apresenta à sua família e ao Partido Socialista as mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 16 de abril de 2022.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Edite Estrela — Eurídice Pereira — Alexandra Tavares de

Moura — Jorge Seguro Sanches — Maria Antónia de Almeida Santos — André Pinotes Batista — Clarisse

Campos — Fernando José — Ivan Gonçalves — Gil Costa — Ana Isabel Santos — Eunice Pratas — Pedro

Delgado Alves — Sara Velez — Francisco Rocha — João Paulo Rebelo — Vera Braz — João Miguel Nicolau

— António Pedro Faria — Nelson Brito — Norberto Patinho — Cristina Mendes da Silva — Luís Capoulas Santos

— Rita Borges Madeira — Francisco Pereira de Oliveira — Dora Brandão — Susana Amador — Ricardo Pinheiro

— Jamila Madeira — Agostinho Santa — Fátima Correia Pinto — Raquel Ferreira — Cristina Sousa — Tiago

Brandão Rodrigues — Cláudia Avelar Santos — Salvador Formiga — Palmira Maciel — Mara Lagriminha Coelho

— José Rui Cruz — Paula Reis — Marta Freitas — Jorge Gabriel Martins — Luís Graça — Lúcia Araújo da Silva

— Romualda Nunes Fernandes — Rosário Gambôa — Paulo Marques — Pedro Cegonho — Pedro Anastácio

— João Torre.

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PROJETO DE VOTO N.º 42/XV/1.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA CLASSIFICAÇÃO DAS FESTAS DO POVO DE CAMPO MAIOR COMO

PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE

As Festas do Povo de Campo Maior, em honra de S. João Baptista, constituído padroeiro de Campo Maior

desde o século XVI, começaram nas ruas desta vila alentejana, no ano de 1897.

A celebração consiste em ornamentar as ruas, sobretudo o Centro Histórico, com flores de papel e outros

objetos feitos pela população em cartão ou papel. É um evento tradicional único, e que já alcançou uma