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II SÉRIE-B — NÚMERO 84

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PROJETO DE VOTO N.º 355/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE EDUARDA DIONÍSIO

Eduarda Dionísio (1946-2023), filha do professor, escritor, pintor e empenhado resistente antifascista Mário

Dionísio, cuja obra prosseguiu, dedicou a sua vida ao ensino, à promoção da criação cultural, do sentido crítico

e do debate público, desde os últimos anos da ditadura e depois de Abril de 1974. Foi professora no Liceu

Camões, na Escola Secundária da Cidade Universitária e no Gil Vicente; foi ativista e dirigente sindical; publicou

livros pedagógicos e contribuiu para a reflexão sobre a educação; desde o seu tempo de faculdade, foi tradutora

de peças teatrais, atriz, dramaturga e encenadora, tendo colaborado com alguns dos grupos e companhias que

determinaram caminhos do novo teatro em Portugal.

Participou em jornais e revistas (na década de 1970, Crítica, com Jorge Silva Melo e outros; na década de

1980 e 1990, Combate, com João Martins Pereira, Jorge Silva Melo e outros); escreveu ficção sobre o

entusiasmo e a desilusão nos anos da viragem democrática [como Retrato dum Amigo Enquanto Falo, 1979;

Pouco Tempo Depois (As Tentações); 1984, As Histórias Não Têm Fim, 1997]; analisou a evolução da cultura

em Portugal (Títulos, Ações, Obrigações: A Cultura em Portugal, 1974-1994, 1994); divulgou o trabalho de

fotografia de Tina Modotti; e fez a sua própria pintura. Interessada por todas as artes e, sobretudo, pelo

movimento social que, em torno da expressão cultural, se poderia desenvolver, impulsionou iniciativas coletivas

que foram marcantes na vida da sua cidade, como o espaço de evocação e de atualização de lutas sociais no

Abril em Maio ou, a partir de 2009, a Casa da Achada, onde reuniu o espólio e de Mário Dionísio e se passaram

a realizar múltiplas atividades inspiradas nos contributos daquela geração para a vida pública nacional.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento

de Eduarda Dionísio, homenageia-a como uma figura destacada da cultura e da vida democrática em Portugal

e apresenta condolências à sua família.

Assembleia da República, 30 de maio de 2023.

As Deputadas e os Deputados BE: Catarina Martins — Pedro Filipe Soares — Mariana Mortágua — Isabel

Pires — Joana Mortágua.

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PROJETO DE VOTO N.º 356/XV/1.ª

DE SAUDAÇÃO AO CORPO NACIONAL DE ESCUTAS – ESCUTISMO CATÓLICO PORTUGUÊS (CNE)

PELO 100.º ANIVERSÁRIO DA SUA FUNDAÇÃO

Fundado em 1907, em Inglaterra, por Baden Powell, o escutismo é um movimento mundial que visa

proporcionar às crianças e jovens uma formação global, de modo que venham a ser cidadãos responsáveis e

participativos nas suas comunidades.

O Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português (CNE) foi fundado a 27 de maio de 1923, em

Braga, pelo Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e pelo Dr. Avelino Gonçalves, comemorando este ano o seu

100.º aniversário.

Este movimento tem vindo a crescer e a difundir-se por todo o território, sendo uma associação sem fins

lucrativos, apartidária e não governamental, que assenta num modelo de educação não formal, destinada à

formação integral de crianças e jovens, com base no método criado por Robert Baden-Powell e no voluntariado

dos seus membros.

A história e atividade do CNE mereceram-lhe o reconhecimento como instituição de utilidade pública (1983),

bem como diversas condecorações, destacando-se a Medalha de Bons Serviços Desportivos, a Ordem de

Mérito, atribuída pelo ex-Presidente da República Mário Soares (1992), a Ordem do Infante D. Henrique,