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22 DE JUNHO DE 2024

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Palácio de São Bento, 17 de junho de 2024.

Os Deputados do PS: Alexandra Leitão — Eurídice Pereira — Isabel Alves Moreira — Pedro Delgado Alves

— André Pinotes Batista — Eurico Brilhante Dias — Ana Mendes Godinho — Ricardo Pinheiro — Edite Estrela

— Ricardo Costa — Isabel Ferreira — José Costa — André Rijo — Patrícia Caixinha — Nuno Fazenda — Pedro

Coimbra — Paulo Pisco — João Paulo Rebelo — Miguel Iglésias — Ana Abrunhosa — Carlos Silva — Susana

Correia — Clarisse Campos — Ana Sofia Antunes — Rosário Gambôa — Sofia Andrade — Isabel Oneto —

Ricardo Lima — Gilberto Anjos — Fátima Correia Pinto — Irene Costa — Miguel Cabrita — José Rui Cruz —

Elza Pais — Ana Bernardo — Eduardo Pinheiro — Carlos Pereira — Marta Temido — Miguel Matos — Palmira

Maciel — Walter Chicharro — João Azevedo — Jorge Botelho — Nelson Brito — Tiago Barbosa Ribeiro — José

Luís Carneiro — Manuel Pizarro — Carlos Brás — Raquel Ferreira.

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PROJETO DE VOTO N.º 141/XVI/1.ª

DE SAUDAÇÃO À SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRAIOLOS POR OCASIÃO DO SEU 500.º

ANIVERSÁRIO

No período tardo-medieval, que antecedeu a fundação das Misericórdias portuguesas, muitos fiéis leigos,

individualmente, ou em grupo, passaram a desenvolver ações de caridade, mais ou menos concertadas, em

torno da assistência aos mais necessitados.

Seria neste contexto que nasceriam inúmeras confrarias um pouco por toda a Europa, tanto no espaço rural

como no urbano, que se dedicavam à prática de obras de devoção e de misericórdia para com o «próximo».

Nesta sequência, no final do Século XV, são fundadas as primeiras Misericórdias em Portugal, por iniciativa de

D. Leonor e com alto patrocínio do seu irmão, o rei D. Manuel. Sob a forma de irmandades, as misericórdias

rapidamente se expandem por todo o território e assumem um papel determinante no seio das comunidades

onde se estabelecem.

Foi assim que, no dia 6 de abril de 1524, cerca de uma centena de arraiolenses se reuniram na presença de

João Álvares, ouvidor da Casa de Bragança nesta vila, e a ele manifestaram, e confirmaram, a intenção de erigir

uma irmandade destinada a cumprir e a fazer cumprir, tanto no campo espiritual como no corporal, as catorze

obras de misericórdia identificadas no evangelho. Nascia assim, com sede provisória na capela do Hospital do

Espírito Santo, a Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos.

Uma semana volvida após a fundação da Misericórdia, o hospital, por ordem régia, foi incorporado na mesma,

passando a estar sob sua administração direta. Pouco tempo depois, e ainda no ano de 1524, foram adquiridas

umas casas na praça, contíguas ao mesmo hospital, para nelas se instalar em outras dependências da

misericórdia de Arraiolos.

Em 1574, meio século após a fundação da Misericórdia de Arraiolos, até então instalada no hospital, a Mesa

Administrativa decide adquirir casas próprias para nelas se instalar, terrenos esses, onde ainda hoje se

conserva. Pouco tempo depois, por volta de 1583-1586 ter-se-ão iniciado as obras de construção da igreja, obra

magna, que terá sido sucessivamente ampliada, alargada e adornada ao longo das centúrias.

Foram estas as bases fundacional da Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos, instituição que, desde a

primeira hora e durante séculos, no estrito cumprimento dos seus compromissos, assistiu os mais necessitados

do concelho, dando-lhes amparo, proteção, alimento e conforto, auxiliou e reabilitou os presos, deu dotes de

casamento às senhoras mais pobres, abrigou os peregrinos, curou os enfermos e acolheu os enjeitados, os que

caíram na viuvez, os mendigos, os incapacitados e todos os desamparados.

Assim, a Assembleia da República saúda a Santa Casa da Misericórdia de Arraiolos pela comemoração dos

500 anos da sua fundação, prestando homenagem a todos os que, ao longo dos séculos, se dedicaram ao

sucesso da sua missão, ao serviço da população e da comunidade de Arraiolos.