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II SÉRIE-B — NÚMERO 24

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Nasceu a 16 de abril de 1942 e iniciou a carreira de jornalista aos 20 anos. Interrompeu a carreira para prestar

serviço militar em Moçambique. Ao longo de seis décadas de carreira, editou e publicou vários programas de

rádio e suplementos de imprensa.

Fez jornalismo em imprensa, televisão e rádio, tendo sido este último o seu meio predileto. Fez carreira

passando pela Rádio Renascença, pelo Rádio Clube Português, pela Rádio Nacional de Angola e pela TSF,

tendo ainda fundado a Telefonia de Lisboa. Participou também em cursos de formação profissional para a rádio.

Publicou vários livros, debruçando-se sobre o colonialismo português, as lutas de libertação e o processo de

descolonização, dos quais se destacam Memórias das Guerras Coloniais (Afrontamento, 1994), Savimbi – Vida

e Morte (Bertrand, 2002) e Descolonização Portuguesa – o regresso das caravelas (Dom Quixote, 1996 e Oficina

do Livro, 2009).

No teatro, adaptou Claraboia de José Saramago para A Barraca, onde a peça foi encenada por Maria do Céu

Guerra, sua irmã, que com ele assinou a dramaturgia.

Ganhou uma dezena de prémios pelo seu trabalho jornalístico. Desde o prémio de Rádio da Casa de

Imprensa, ao Prémio Nacional de Reportagem, passando pelo Prémio Gazeta, foi reconhecido pela qualidade

do seu trabalho e pela sua dedicação.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte do

jornalista João Paulo Guerra e endereça à família e amigos sentidas condolências.

Assembleia da República, 6 de agosto de 2024.

As Deputadas e os Deputados do BE: Fabian Figueiredo — Marisa Matias — Joana Mortágua — José Moura

Soeiro — Mariana Mortágua.

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PROJETO DE VOTO N.º 256/XVI/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DO MÉDICO HENRIQUE BOTELHO

O médico Henrique Botelho faleceu no dia 4 de agosto de 2024 aos 68 anos.

Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1982, Henrique Botelho obteve o grau

de Consultor da carreira médica de Clínica Geral em 1998 e de Assistente Graduado Sénior em 2010, tendo a

competência em Gestão de Serviços de Saúde atribuída pela Ordem dos Médicos desde 2004.

Dedicou a sua vida à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde. Foi Diretor do Centro de Saúde de Terras

de Bouro entre 1996 e 2009. Fez parte da equipa da Unidade de Saúde Familiar Manuel Rocha Peixoto, em

Braga, e foi também Diretor Executivo do AceS Ave I – Terras de Basto entre 2009 e 2012.

Em 2016, foi nomeado coordenador nacional para a reforma dos cuidados de saúde primários, dando

continuidade a um percurso profissional que que já o tinha levado à coordenação da Equipa Regional de Apoio

e Acompanhamento Norte/Missão para os Cuidados de Saúde Primários, onde foi responsável pela conceção

de várias peças legislativas, entre 2005 e 2008.

Autor de vários artigos científicos, exerceu atividades docentes na Escola de Ciências da Saúde da

Universidade do Minho, na Faculdade de Medicina do Porto, no Instituto de Saúde Pública da Universidade do

Porto e na Católica Porto Business School.

Cidadão empenhado, foi um defensor vocal do Serviço Nacional de Saúde, participando em manifestos

contra as taxas moderadoras e pela defesa de soluções para o SNS contra a sua privatização. E foi membro

ativo de vários movimentos cívicos, como, por exemplo, aquele que surgiu contra a instalação surpresa da

estátua de Cónego Melo e pela mobilização da população de Braga.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte do médico

Henrique Botelho e endereça à família e amigos sentidas condolências.

Assembleia da República, 6 de agosto de 2024.