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23 DE NOVEMBRO DE 2024

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prenúncio da aliança, determinante na Revolução, entre o povo português e o Movimento das Forças

Armadas, fez com que a Revolução de Abril ficasse conhecida em todo o mundo como a «Revolução dos

Cravos».

Celeste Martins Caeiro nasceu em Lisboa a 2 de maio de 1933, oriunda de uma família humilde, e viveu

grande parte da sua vida em Lisboa. Enfrentou uma vida de dificuldades com perseverança. Mulher

trabalhadora, de fortes convicções e militante comunista até ao fim da sua vida, a sua generosidade e

afabilidade ficará na memória de todos os que com ela conviveram.

No dia 25 de abril de 1974, manhã cedo, Celeste Caeiro levantou-se para ir trabalhar num restaurante

situado em Lisboa, na Rua Braancamp. A casa fazia um ano nesse dia e comprou flores para oferecer aos

clientes. Como não abriu, devido às movimentações militares, os cravos foram distribuídos pelas

trabalhadoras. Celeste não foi para casa, juntou-se aos populares no Chiado e tendo sido informada por um

dos soldados de que estava em curso uma revolução, ofereceu-lhe um cravo, que o militar colocou no cano da

espingarda.

O resto da história é por demais conhecida. Celeste distribuiu todos os cravos pelos militares. Ficou

conhecida como a «Celeste dos cravos» e o 25 de Abril como a «Revolução dos Cravos». Ficará para sempre

associada à história e memória do 25 de Abril e da liberdade no nosso País.

A Assembleia da República, reunida em Plenário em 22 de novembro de 2024, manifesta o seu pesar pelo

falecimento de Celeste Caeiro e expressa à sua filha, neta e demais familiares e ao Partido Comunista

Português sentidas condolências.

Assembleia da República, 18 de novembro de 2024.

Os Deputados do PCP: Paulo Raimundo — Paula Santos — António Filipe — Alfredo Maia.

Outra subscritora: Susana Correia (PS).

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PROJETO DE VOTO N.º 446/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE BELMIRO MOITA DA COSTA

Faleceu no passado dia 15 de novembro Belmiro Moita da Costa, que ao longo da sua vida se dedicou à

causa pública como economista, autarca, dirigente partidário e dirigente associativo.

Nascido a 21 de dezembro de 1946 na aldeia de Arrifana, concelho de Condeixa-a-Nova, Belmiro Moita da

Costa foi Deputado à Assembleia da República entre 1983 e 1985, Presidente da Câmara Municipal de

Condeixa-a-Nova entre 1986 e 1993 e Presidente da Assembleia Municipal de Condeixa-a-Nova entre 1994 e

2009. Assumiu também funções nos órgãos sociais de diversas instituições do concelho, com destaque para a

Santa Casa da Misericórdia, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e o Clube de Condeixa.

Homem de causas, dedicado, empenhado e trabalhador era militante do Partido Socialista, onde

desempenhou relevantes e importantes funções ao longo da sua vida, nos vários níveis de ação política.

Licenciado em Finanças pela Universidade Técnica de Lisboa, foi docente nas Faculdades de Economia e

de Direito da Universidade de Coimbra. Além de professor universitário foi também consultor financeiro. Após

a aposentação, dedicou-se à escrita, publicando várias obras, tanto técnicas como literárias. Entre os seus

trabalhos, destacam-se Tertúlia de Amigos, Dias de Caça e Alienígenas em Conímbriga. Colaborou também

em publicações técnicas como IRS e IRC (2024), O Orçamento e a Conta Geral do Estado (2022) e Finanças

Públicas (2024), onde partilhou a autoria com o seu filho Nuno Moita da Costa, atualmente Presidente da

Câmara Municipal de Condeixa.

Em 24 de julho de 2013, por ocasião do feriado municipal, foi distinguido com a Medalha de Mérito

Municipal atribuída pelo município de Condeixa.

Dotado de uma inteligência notável, de um sentido de humor apurado e de um carisma muito próprio, foi