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5 | II Série C - Número: 027 | 13 de Julho de 2009

está errado, segundo a CNA, são as políticas da União Europeia, pois se querem produção, não deve pagarse subsídio para não produzir.
Quanto à preservação do ambiente, também os argumentos utilizados pelos defensores dos OGM, segundo a CNA, são frágeis, uma vez que a introdução de OGM no ambiente provoca o que se chama poluição genética, constituída por pólens oriundos de plantas transgénicas que irão contaminar as plantas convencionais e, além disso, poderão afectar a biodiversidade, uma vez que as mesmas podem eliminar algumas pragas que afectam determinadas culturas, mas, ao mesmo tempo, eliminar outros insectos, que até são benéficos.
Por último, a CNA pergunta que riscos comportam as OGM para a saúde humana? Que efeitos têm no organismo humano as substâncias novas que estas plantas produzem, e até que ponto não irão surgir novas alergias? Em conclusão, a CNA reafirma a sua discordância quanto ao cultivo e comércio, em PORTUGAL, de «milhos» transgénicos e OGM em geral:

— Pela ameaça que, de facto representam para o «saber/fazer» da agricultura familiar e para as produções regionais de qualidade; — Por provocarem uma dependência crescente dos agricultores em relação às grandes multinacionais da biotecnologia; — Pelas consequências tendencialmente irreversíveis sobre o ambiente e a biodiversidade; — Pelas prováveis más consequências sobre a própria saúde pública; — Por virem comprometer ainda mais a nossa soberania alimentar.

Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais, IACA: é a grande utilizadora de matérias-primas geneticamente modificadas e está envolvida na discussão da temática das OGM em diversos fóruns. O milho e a soja e respectivos derivados assumem papel determinante no fabrico de alimentos compostos. O potencial de matérias-primas transgénicas (devidamente rotuladas) representa mais de 50% da estrutura de aprovisionamento.
A indústria de alimentos compostos para animais, cuja produção anual é cerca de 4 milhões de tons (é a terceira principal indústria, com 10% do volume de negócios da indústria agro-alimentar) é a principal consumidora de milho e como se sabe, Portugal é altamente deficitário nesta matéria-prima.
Para a IACA existem dois grandes desafios: por um lado, ao nível da segurança alimentar e, por outro, ao nível da competitividade.
Para garantir a segurança alimentar é fundamental testar e investigar, tornando assim necessário um investimento permanente na investigação. Temos, por outro lado, a questão da competitividade, em que são inegáveis as vantagens dos transgénicos: melhores produtividades, níveis mais reduzidos de micotoxinas, custos de produção mais reduzidos e, numa perspectiva de fileira, procura-se melhor a nossa capacidade concorrencial numa economia cada vez mais competitiva e desprotegida, no quadro das negociações da OMC.
A IACA apresentou uma proposta, já formulada há muito tempo que é a criação de uma comissão de biovigilância com todos os interesses envolvidos, desde as empresas e organizações agrícolas, de sementes, ambientalistas, utilizadores de OGM, como a indústria agro-alimentar, consumidores e Administração Pública.
Por último, a IACA sublinhou que a biotecnologia é uma ferramenta e uma inovação tecnológica que pode ajudar a melhorar o nosso futuro, mas tem de ser utilizada de forma responsável e credível, baseada na ciência e na investigação e ao serviço da melhoria das condições de vida das sociedades.
Associação Colher Para Semear: tem como objectivos: inverter a situação actual de contínua perda de biodiversidade genética agrícola, por meio da recolha, cultivo e catalogação das variedades tradicionais ainda existentes, formar e incentivar os agricultores para a recolha anual das suas próprias sementes e estimular a sua troca, contribuir para o conhecimento do nosso património vegetal, promover o uso de variedades tradicionais em agricultura biológica, estimular o uso de legumes esquecidos, dar a conhecer aos jovens a herança que nos foi transmitida pelos nossos antepassados, pois cada semente tem um percurso e uma história própria e defender a segurança alimentar, continuando a semear as nossas variedades tradicionais de polinização aberta.