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7 DE JUNHO DE 2014

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Reunião com Missão Especial de Monitorização da OSCE

Esta Missão foi criada para acompanhar a situação de segurança na Ucrânia, sendo composta por 100

observadores civis que estão espalhados por todo o território ucraniano.

É essencial que o Governo estabeleça “pontes” com as regiões, sobretudo no leste.

As “autoridades” de Donetsk solicitaram ao Parlamento a criação de uma Comissão para o diálogo com as

regiões, que envolva todos os intervenientes. Contudo, a situação de segurança continua a deteriorar-se

rapidamente e as possibilidades de diálogo com os “rebeldes” são cada vez mais escassas. Daí que seja

essencial prosseguir com as conversações de Genebra.

O Governo não tem tido um discurso conciliatório, mesmo depois da tragédia em Odessa.

Reunião com Observadores de Longo Prazo (LTO)

Esta equipa de observadores, sediada em Kiev, é composta por um observador português (Luís de Barros)

e por uma observadora norueguesa.

A situação em Kiev é calma, todos os preparativos para as eleições decorrem com normalidade.

Os chamados grupos de “autodefesa” (alguns armados), formados no decorrer dos acontecimentos que

levaram à queda do ex-Presidente, poderão a participar em fases da organização das eleições: vigilância do

ato eleitoral e transporte de boletins de voto depois do fecho das urnas.

A situação de segurança a leste é “incerta” e pode impedir a votação nalguns locais.

Existem poucas pessoas para formar as mesas de voto (mínimo de 12 e máximo de 16 em cada secção) já

que todas as candidaturas têm que estar representados. Atualmente ainda estão na corrida 20 candidatos.

Reunião com o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU)

O Deputado João Soares questionou os dirigentes do SBU acerca do dia 9 de maio (celebrações do dia da

vitória na 2ª Guerra Mundial com possíveis incidentes); do “referendo” de 11 de maio em Donetsk e Lugansk; e

das condições para as eleições de dia 25 ocorrerem em todo o país.

Relativamente ao dia 9 de maio foi dito que a Rússia pretende “desestabilizar” as eleições através da

“compra de representantes do poder”. O filho do ex-Presidente Yanukovich afirmou que estava a financiar “os

verdadeiros patriotas”, ou seja os rebeldes no leste (a maioria dos quais são “desempregados e pequenos

criminosos”). Podem existir tentativas de desestabilização em Odessa, Kiev e outras cidades a leste no dia 9

de maio.

Os separatistas não têm apoio popular (70% da população é a favor de uma “Ucrânia unida”) já que são

apenas cerca de 2.000 em Donesk e Lugansk aos quais se terão juntado cerca de 200 ou 300 pessoas vindas

da Rússia. Existe uma “linha de comando clara”, com origem na Rússia, que controla os revoltosos: esta

situação foi particularmente visível no processo negocial que levou à libertação dos observadores militares da

OSCE já que foram intercetados telefonemas que “provam” o “envolvimento das forças de segurança russas

em todo o processo, incluindo a detenção dos observadores”.

Foi ainda afirmado que a Rússia “tentou transportar componentes radioativos do território da

Transdniestria” para a Ucrânia; que as Forças Armadas russas controlam todas as comunicações móveis

ucranianas utilizando “veículos” que estão estacionados no leste da Ucrânia; e que estão a ser enviados, a

partir da Crimeia, “indivíduos treinados” para desestabilizar a situação de segurança.

Os separatistas têm em seu poder cerca de 5 toneladas de explosivos (utilizados em minas).

As eleições de dia 25 vão-se realizar “apesar dos esforços da Federação da Rússia” em contrário. O SBU

fará todos os possíveis para que as eleições sejam livres e transparentes. “Todas as informações disponíveis

apontam para que a Rússia não irá desencadear operações militares diretas” na Ucrânia no dia 25, já que tal

iniciativa teria um custo demasiado alto.

Sobre o “referendo” de 11 de maio: menos de 30% dos eleitores da Crimeia participaram no “referendo” de

março, portanto o cenário no leste da Ucrânia não será diferente. Os rebeldes não têm acesso às listas de

eleitores e só controlam alguns edifícios e pequenas cidades. O resultado oficial será “próximo dos 90%”. O

boletim de voto não apresenta alternativas para quem pretende votar contra (os boletins foram impressos na

Crimeia e não são todos iguais já que a pergunta é diferente em vários locais).