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Sorbonne Nouvelle, e professora visitante do Colégio da Europa, em Bruges, a cujas

alocuções seguidamente se aludirá no essencial.

Assim, o senhor Delattre, sublinhou a intervenção impressionante da senhora

Tsikhanouskaya, e relembrou a convocação, sob impulso francês, de uma cimeira urgente

do Conselho do Atlântico-Norte, atenta a gravidade da situação. Tendo falhado a via

diplomática, Putin pretende agora regressar a uma ambiência de guerra na Europa, que as

suas instituições tanto lutaram por erguer desde 1945. Identificou três aspetos nos quais

assentam a ajuda a prestar à Ucrânia.

Desde logo, a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, na primavera

de 2014. Na noite de ontem, a decisão do Conselho Europeu de reunir extraordinariamente,

garantindo assistência económico-financeira imediata à Ucrânia e apoio à capacitação

militar ucraniana. Sem esquecer a ajuda humanitária de emergência, tendo já sido

deslocadas 33 toneladas de equipamento com este fim.

Em segundo lugar, as sanções à Rússia, as maiores de sempre aplicadas a um qualquer

Estado, cobrindo aspetos financeiros, energéticos, transportes e bens de "duplo-uso" (civil­

militar). E será igualmente adotado um sexto pacote de sanções contra a Bielorrússia.

Finalmente, a unidade e cooperação entre a União e a NATO transmitiu à Rússia a

mensagem que se mostrava necessária nesta circunstância, estando já em fase final de

planeamento o reforço militar da fronteira com a Roménia.

Terminou, reiterando a solidariedade da França para com o povo bielorrusso na sua

aspiração pela democracia.

Por seu turno, a senhora Delcour, enfatizou a necessidade de reavaliar algumas lições

aprendidas desde 2014. Nos últimos anos, a doutrina europeia de suporte à integridade

territorial ucraniana face à Rússia, assentava em três pilares, a saber, a redefinição

estratégica, em 2016, da abordagem no relacionamento com a Rússia, no contexto de uma

nova política de segurança externa europeia, tendo por base os Acordos de Minsk; o forte

apoio à promoção de reformas de governança democrática, indutoras de desenvolvimento

e estabilidade; finalmente, refletir sobre a autonomia estratégica da Europa, em resultado

da anexação russa da Crimeia e a guerra no Donbass. No seu entendimento, a invasão

em curso veio relevar a validade destes três pilares. Contudo, das medidas adotadas não

pode dizer-se que tenha modificado substancialmente a abordagem russa em sede de

política internacional.

A abordagem europeia deve saber distinguir o curto do longo-prazo, por serem

diferenciadas as soluções que se abrem nesses casos.

28 DE JULHO DE 2022 _____________________________________________________________________________________________________________

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