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II SÉRIE-D — NÚMERO 27

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Ainda assim, as mulheres continuam a estar amplamente sub-representadas no processo de tomada de

decisão na política, nas empresas e nas comunidades.

Claudine Aoun, Presidente da Comissão Nacional para as Mulheres Libanesas defendeu que as mulheres,

enquanto líderes e decisores a todos os níveis, são fundamentais para fazer avançar a justiça de género e a

igualdade de género, assim como para promover o progresso económico, social e político para todos.

Já Embaixadora María Jesús Conde Zabala, Enviada Especial sobre Política Feminista Estrangeira em

Espanha, referiu que quando as mulheres estão significativamente representadas e envolvidas em órgãos de

liderança, tais como legislaturas, tribunais, conselhos executivos, estatutos de conselhos comunitários,

decisões e decisões, é mais provável que sejam inclusivas, representativas, e que tenham em conta opiniões

diversas:

• A liderança das mulheres no seio dos agregados familiares, incluindo a tomada de decisões sobre a

terra e o rendimento familiar, melhora o acesso à educação e aos cuidados de saúde para as suas famílias.

• Os países com uma maior proporção de mulheres como principais decisores nas legislaturas têm níveis

mais baixos de desigualdade de rendimentos.

• Os acordos de paz têm 35% mais probabilidades de durar pelo menos 15 anos se as mulheres líderes

estiverem empenhadas na sua criação e execução.

No final, todas as oradoras foram perentórias no argumento de que quando as mulheres ocupam mais

posições de liderança executiva, as suas empresas são mais rentáveis.

Mesa-redonda: «Igualdade de género e alterações climáticas»

A terceira mesa-redonda foi sobre «Igualdade de género e alterações climáticas» e teve como preletores

Placido Plaza, Secretário-Geral do Centro Internacional de Estudos Agronómicos Avançados do Mediterrâneo

(CIHEAM), Carlos Conde, Chefe da Divisão do Médio Oriente e África da Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Económico (OCDE), a Embaixadora Senén Florensa Palau, Presidente Executiva do Instituto

Europeu do Mediterrâneo (IEMed) e Arianna Censi, Vereadora da mobilidade de Milão.

As intervenções tiveram em comum o pressuposto de que a desigualdade de género, juntamente com a

crise climática e ambiental, é agora o maior desafio para o desenvolvimento sustentável. Embora a

degradação ambiental e as catástrofes estejam a afetar pessoas em todo o mundo, não o fazem da mesma

forma ou com a mesma intensidade. Como sempre, as mulheres e raparigas, especialmente as que vivem em

condições vulneráveis e marginalizadas, são afetadas de forma desproporcionada.

As mulheres são mais vulneráveis do que os homens às consequências das alterações climáticas,

principalmente porque vivem em maiores condições de pobreza e a sua subsistência depende em maior

medida dos recursos naturais mais ameaçados pelas alterações climáticas. As mulheres também enfrentam

barreiras sociais, económicas e políticas que limitam a sua capacidade de adaptação. Considerando o seu

acesso desigual aos recursos e processos de tomada de decisão, e não é de admirar que «a investigação

mostre que as mulheres e as crianças têm até catorze vezes mais probabilidades do que os homens de

morrer» devido às alterações climáticas.

Assim, como defendeu Carlos Conde, é importante o desenvolvimento de programas humanitários que

tenham em a diversidade sexual e de género e abordem uma mudança estrutural que trabalhe e defenda a

igualdade entre géneros.

Mesa-redonda: «Violência contra mulheres e raparigas»

A última mesa-redonda do primeiro dia da conferência foi sobre a «Violência contra mulheres e raparigas».

Foram oradoras Aawatif Hayar Ministra da Solidariedade, Integração Social e Família do Reino de Marrocos,

Amal Nashwan, Ministra dos Assuntos da Mulher da Palestina e Ángela Rodriguez, Secretária de Estado para

a Igualdade e Contra a Violência de Género de Espanha.

Nas várias participações, foi comum o argumento de que a violência contra as mulheres e doméstica é uma

grave violação dos direitos humanos e uma forma de discriminação com impacto não apenas nas vítimas, mas