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II SÉRIE-D — NÚMERO 54

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Seguiu-se uma discussão, sobre o acordo de cavalheiros para garantir um lugar para Israel e Palestina na

nova composição do Bureauou se iriam a votos como os outros países.

Os Presidentes Eméritos, Abou El Enein (Egito) e Gennaro Migliore (Itália) sugeriram duas votações distintas

no Grupo Geopolítico do Sul: uma para a eleição do presidente e outra para a eleição dos vice-presidentes, a

fim de evitar confusões durante a votação. Esta proposta foi aprovada por todos os membros presentes na

reunião.

Em seguida, foi aberto o debate. No entanto, antes das intervenções dos membros do Bureau, o Deputado

Belal Qasem (Palestina), Vice-Presidente da APM, propôs a realização de um minuto de silêncio em homenagem

às vítimas dos terramotos, que atingiram a Síria e a Turquia, a 6 de fevereiro de 2023. Seguiu-se esse minuto

de silencio.

Na sua intervenção, o Deputado Belal Qasem (Palestina) lamentou o ciclo de violência em curso no Médio

Oriente, incluindo vários ataques, que causaram a morte de muitos civis, entre os quais crianças e idosos.

Apesar da passagem diária para Israel de cerca de 20 000 palestinianos para poderem trabalhar tenha sido uma

evolução positiva, referiu que era lamentável que esta abertura esteja também a ser usada para outros fins.

Elogiou os esforços da Jordânia para fazer avançar a paz entre Israel e a Palestina.

Neste contexto, foi referido que oBureauestaria a organizar uma missão ao Médio Oriente, expressando a

sua vontade de apoiar o Secretariado da APM com os arranjos logísticos da visita e o agendamento de reuniões

com representantes palestinianos em Ramallah.

O Embaixador Majallie Whbee (Israel) retribuiu o comentário do representante da Palestina sobre os recentes

episódios de violência no Médio Oriente. Aproveitou a ocasião para saudar a missão à região, afirmando que

estaria pronto para ajudar nesta visita junto das autoridades de Jerusalém.

O Presidente Emérito da APM, Gennaro Migliore (Itália), reiterou que trabalhar numa solução pacífica no

Médio Oriente seria crucial. Ambos os lados do conflito precisariam do apoio da APM para abrir portas através

do diálogo parlamentar, pelo que as missões da APM seriam necessárias para abordar novas abordagens neste

processo de paz. Também informou o Bureau de que a maior organização hospitalar privada em Itália lhe tinha

pedido que participasse numa missão humanitária na Síria. Questionou se a sua participação era possível no

âmbito da APM.

O Senador Lyes Achour (Argélia), Vice-Presidente, sublinhou a importância da APM realizar reuniões

regulares para alcançar um consenso sobre soluções concretas para os grandes desafios que afetam as regiões

Euro mediterrânica e do Golfo, tais como as alterações climáticas e a falta de desenvolvimento socioeconómico.

Apreciou o facto de a ordem de trabalhos da 17.ª Sessão Plenária incluir questões relevantes e esperou um

resultado frutuoso das discussões.

O Presidente Emérito Mohamed Abou El Enein (Egito) destacou a importância da APM realizar uma missão

à Síria. Também lamentou o facto de não se vislumbrar uma solução para o conflito israelo-palestiniano num

futuro próximo. Embora o foco mundial esteja naquele momento na Ucrânia, não se deveria negligenciar o

conflito e violência no Médio Oriente, especialmente em Jerusalém, que afeta todo o povo muçulmano.

O Deputado Pedro Roque (PSD), Presidente da APM, mencionou o facto de o Conselho de Segurança da

Organização das Nações Unidas (ONU) poder convocar uma reunião especial sobre o conflito do Médio Oriente

e pediu ao Secretariado da APM para dar seguimento a esta questão.

O Deputado Dherar Al Falasi (EAU), Relator Especial da APM sobre Mulheres e Crianças em Conflitos

Armados, expressou a necessidade de passar da fase de atribuição de culpas para um diálogo verdadeiro para

se chegar a uma solução justa e duradoura no Médio Oriente. O diálogo seria a única via aceitável para a paz,

enquanto a continuação do conflito só traria mais destruição. Neste contexto, a APM teria um papel importante

a desempenhar e a apresentar soluções concretas. Por esta razão, saudou as iniciativas possíveis nesse

sentido, especialmente a realização desta missão. Também afirmou que a Síria deveria ser trazida de volta ao

mundo árabe, de modo a limitar o controlo do Irão, que já se expandiu ao Iraque, ao Líbano e ao Iémen. Em

relação ao terramoto na Síria e Turquia, referiu que os EAU tinham construído três hospitais de campanha e

enviado 160 aviões de carga para ambos os países afetados.

A Senadora Alia Bouran (Jordânia), Vice-Presidente da APM e Presidente da Comissão para a Política e

Segurança (I Comissão), salientou que a região do Médio Oriente, incluindo a Síria e a Turquia, é o tema central