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II SÉRIE-D — NÚMERO 13

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Deputada Edite Estrela (PS)

Caros Colegas,

A globalização promoveu uma nova era de prosperidade económica e desenvolvimento tecnológico que

retirou milhões de pessoas da pobreza. No entanto, a ideia de que interdependências complexas entre

nações acabariam por enfraquecer e isolar Governos autoritários há muito tempo se revelou estar errada.

Os Governos autoritários demonstraram ao longo do tempo que podem prosperar num mundo

globalizado, explorando as cadeias de abastecimento para causar dificuldades económicas e utilizando a

guerra da informação e a desinformação para minar a confiança pública nas instituições democráticas.

Nesse sentido, quero deixar uma questão, porque a guerra voltou, mais uma vez, ao continente europeu.

Num tempo em que reina a violência, as desigualdades estão a aumentar, as políticas estão polarizadas e

os Governos são confrontados com as alterações climáticas, a pandemia e o crescimento das novas

tecnologias, é pertinente perguntar: pode a democracia alcançar a paz?

Muito obrigada.

Deputado Tiago Moreira de Sá (PSD)

Bom dia a todos.

Quando falamos de democracia na Europa atualmente, temos de ter em conta que estamos em guerra. A

Rússia ameaça a democracia de forma traiçoeira, como se vê todos os dias nos campos ensanguentados da

Ucrânia. Quando falamos de democracia atualmente, a coisa mais importante a fazer é continuar a apoiar a

Ucrânia sem hesitações. Devemos apoiar a Ucrânia com diplomacia e dinheiro, mas, acima de tudo,

devemos dar apoio militar à Ucrânia, incluindo tanques e aviões. E precisamos de ir mais longe, devemos

apoiar sem hesitação a admissão da Ucrânia na União Europeia. A Ucrânia é Europa. Como nos disse

George Steiner, num momento inspirador, a Europa vai desde o café de Fernando Pessoa, a Brasileira, em

Lisboa, até aos cafés dos gangsters de Isaac Babel, em Odessa. Também devemos considerar manter a

porta da NATO aberta à Ucrânia para quando o momento e as condições corretas forem alcançados. A

anterior arquitetura da segurança e defesa na Europa foi destruída pelos tanques e pela artilharia russa.

Como sabem aqui na Suécia, assim não é possível neutralidade ou zonas-tampão. Precisamos de uma nova

ordem europeia e a Ucrânia deve fazer parte dela. Como quase há um século atrás, a pacificação não é

possível. Se desistirmos de lutar pela democracia na Ucrânia, em nome de uma falsa sensação de

segurança, acabaremos sem segurança e sem democracia!

Muito obrigado.

Num discurso final, o Presidente Andreas Norlén destacou a distinção entre democracia direta e

democracia representativa. Afirmou também que havia benefícios em ter cidadãos envolvidos na política

através de partidos, em vez de diretamente com instituições políticas.

A Presidente da Comissão da Constituição, Ida Karkiainen, concluiu então a Sessão I, afirmando que os

acontecimentos no mundo durante a última década demonstravam que era necessário conquistar a

democracia diariamente. A propósito do envolvimento dos jovens na política, observou que na Suécia os

alunos das escolas eram regularmente convidados a visitar o Riksdag e a encontrar-se com os membros do

Parlamento. Por último, abordou a necessidade de colmatar o fosso entre cidadãos e políticos, bem como de

neutralizar as forças políticas e os Estados que procuravam diminuir a confiança e diminuir a democracia