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7 | - Número: 036 | 31 de Julho de 2009

internacionalmente. Continuará a contribuir activamente para o seu aprofundamento. Da CPLP espera também um apoio firme, em especial, nos momentos difíceis.
Apresentou uma estimativa do volume das comunidades guineenses residentes nos países da região e em Portugal (cerca de 90 000), agradecendo o acolhimento dos seus nacionais que, através das remessas financeiras, muito contribuem para a sustentabilidade do país.
O Presidente da AR assegurou que Portugal continuará a apoiar os esforços da Guiné-Bissau para o desenvolvimento do país. O actual Governo, formado na sequência de eleições gerais, goza de uma plena legitimidade democrática e de uma ampla base de apoio, facilitadora da estabilidade governativa e de uma visão reformadora mais ambiciosa.
Junto da comunidade internacional, Portugal continuará a desenvolver esforços para mobilizar os apoios de que a Guiné-Bissau necessita, para enfrentar e responder aos desafios de desenvolvimento. Compete, porém, às autoridades da Guiné-Bissau, definir o rumo do país, sem perder de vista um modelo de convivência pacífica e de unidade no respeito pela diversidade, de democracia e de boa governação, criando uma imagem de credibilidade, que gere confiança junto dos parceiros internacionais e condições de atracção de investimentos.
Caracterizou a comunidade guineense em Portugal, retomando a linha de comentários apresentada aos membros das Comissões Permanentes da ANP.
Elogiou a Presidência guineense da CPLP pela dinâmica que soube imprimir em áreas como a concertação diplomática, a cultura, o reforço da Cidadania Lusófona e o envolvimento da sociedade civil. A Presidência Portuguesa tem firmemente apoiado os esforços das autoridades da Guiné-Bissau para garantir a estabilidade no país.

E) ENCONTRO COM O PRIMEIRO-MINISTRO, CARLOS GOMES JÚNIOR

Estiveram presentes também o Ministro da Presidência, Comandante Manuel Saturnino Costa, bem como o Director do Gabinete e o Assessor Diplomático do Primeiro-Ministro.
Lembrou a história política recente da Guiné-Bissau e a expressiva vitória registada pelo PAIGC, nas eleições de 16 de Novembro de 2008. Foram eleições livres e transparentes – como reconhecido pelas Missões Internacionais de Observação Eleitoral –, cujos resultados concedem uma sólida base de legitimidade ao actual Governo.
Não obstante, as dificuldades latentes – corrupção, narcotráfico, criminalidade, derrapagem das finanças públicas –, exigem um diálogo construtivo alargado entre os órgãos de soberania, as principais forças políticas e a sociedade civil, destinado a garantir entendimentos que viabilizem progressos e estabilidade na governação.
Foram restabelecidos – com resultados positivos a registar –, encontros regulares entre o Chefe do Executivo, com o Presidente da República e também com o CEMGFA.
Por outro lado, afirmou, no seio do PAIGC é indispensável manter o diálogo entre as diversas gerações, aproximar sensibilidades distintas e promover a reconciliação dos membros históricos desavindos com o partido, em nome da unidade partidária e do interesse do país. Este processo está em curso.
O Governo está, nesta fase, prioritariamente, a procurar disciplinar as finanças públicas que se encontravam em situação de grande descontrolo. Outro desafio fundamental para o Executivo, decorre da reforma do Sector de Segurança e de Defesa e da necessidade de garantir recursos financeiros para a implementar. A paz e a estabilidade futura na Guiné-Bissau depende do seu sucesso, acrescentou.
Agradeceu o apoio constante de Portugal, sublinhando a importância da sua continuidade. Manifestou expectativas quanto aos resultados da Conferência de Doadores, a realizar proximamente em Lisboa.
O Presidente da AR reconheceu o vulto dos desafios que o actual Governo enfrenta. A par da ambiciosa agenda política governativa, afigura-se crucial a conciliação no seio do PAIGC, de modo a que a clara maioria parlamentar venha a contribuir, efectivamente, para a estabilidade política no país.
Por outro lado, é certo que o novo Governo goza de uma legitimidade alargada que lhe permite uma perspectiva de governação estável e maior exigência e ambição, no cumprimento de seu programa