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destacam-se os investimentos nos sectores da “Construção”, com uma diminuição de 11,7% face ao ano anterior, das “Outras Máquinas e Equipamentos”, -11,2%, e do “Equipamento de Transportes”, -23,3%. O consumo privado também inverteu completamente a tendência de crescimento prevista, registando uma diminuição de 1,0%. Este comportamento resultou de uma forte diminuição da componente de bens duradouros que registou uma quebra de 14,2% face a 2008. Quanto ao consumo público, o seu crescimento foi substancialmente superior ao previsto, daí resultando um desvio positivo de 2,7 p.p. face ao antecipado pelo OE/2009.

Também relativamente às exportações e importações, o OE/2009 previa um crescimento, ainda que ligeiro. No entanto, e como reflexo da forte contracção da procura externa, as exportações registaram uma diminuição de 11,8%, daí resultando um desvio negativo de 13 p.p. entre o previsto e o verificado. Embora tanto a componente de exportação de bens como a de exportação de serviços registassem variações negativas, a primeira registou uma diminuição mais acentuada. A queda do investimento e do consumo privado repercutiu-se numa redução das importações de 10,9%, invertendo a tendência de crescimento de anos anteriores. O desvio desta variável entre o cenário previsional do OE/2009 e o verificado foi de 12,7 p.p.

Os indicadores do mercado de trabalho apresentaram também desvios consideráveis, nomeadamente de 1,9 p.p. face ao previsto para a taxa de desemprego e de -3,0 p.p. face ao previsto para a taxa de variação do emprego total. Em matéria de preços, a previsão de uma taxa de inflação de 2,5% veio a confrontar-se com uma redução do nível geral de preços na ordem de 0,8%, como resultado da forte diminuição da procura, interna e externa. O ambiente de grande incerteza quanto à evolução da economia portuguesa, essencialmente devido à crise internacional, teve expressão na alteração notável das previsões para 2009, apresentadas pelas diversas entidades nacionais e internacionais, entre o primeiro e segundo semestres de 2008. Pese embora as previsões na segunda parte do ano fossem substancialmente mais pessimistas do que as da primeira metade, nenhuma entidade foi capaz de antever a diminuição do PIB em 2,6% que se veio a verificar, como reflectido no Quadro I.9.

Quadro I.9 – Previsões para os agregados macroeconómicos de Portugal elaboradas pelo Banco de Portugal e por instâncias internacionais Cenário Base OE/2009 FMI OCDE Comissão Europeia Banco de Portugal Abril Out. Junho Dez. Primavera Outono Verão Inverno PIB 0,6 1,4 0,1 1,8 -0,2 1,6 0,1 1,3 -0,8 Consumo Privado 0,8 - - 1,6 -0,2 1,4 0,1 0,7 0,4 Consumo Público 0,2 - - 0,5 0,2 0,5 0,2 0,0 -0,1 Investimento (FBCF) 1,5 - - 3,1 -1,2 1,4 -2,7 1,2 -1,7 Exportações 1,2 - - 5,3 -0,5 4,2 1,1 4,0 -3,6 Importações 1,8 - - 4,3 -0,9 2,8 -0,5 2,1 -1,0 Emprego (variação) 0,4 - - 0,5 -0,5 0,5 0,0 0,4 -1,0 Taxa de Desemprego 7,6 7,4 7,8 7,9 8,5 7,9 7,9 - - Inflação (IHPC) (a) 2,5 2,0 2,0 2,2 1,3 2,3 2,3 2,5 1,0 (a) Variação de preços calculada com base no IPC.
Fontes: MFAP, Orçamento de Estado para 2009; FMI, World Economic Outlook, Abril (9/4/2008) e Outubro (17/10/2008) de 2008; OCDE, Economic Outlook 83 (Junho) e 84 (Dezembro) de 2008; Comissão Europeia, Economic Forecats, Primavera (1/4/2008) e Outono (6/11/2008); Banco de Portugal, Boletim Económico, Verão e Inverno de 2008.

II SÉRIE-E — NÚMERO 6
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