O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

identificação de novos protagonistas para darem conteúdo às funções que esses territórios

podem e devem desempenhar.

No âmbito das problemáticas abordadas no presente Relatório, a produção e transferência de

conhecimento deve incidir nos seguintes domínios:

● Aspetos relacionados com a evolução das condições meteorológicas globais,

designadamente tendo presente os ajustamentos relacionados com as alterações

climáticas, mas explorando as capacidades de vulgarização desse conhecimento e

a sua transformação em indicações práticas para os agentes e autoridades de

proteção civil;

● Aspetos relacionados com as modalidades de combate a incêndios florestais em

função da sua previsibilidade perante situações meteorológicas adversas;

● Aspetos relacionados com a gestão de combustíveis nas faixas primárias,

secundárias e também nas áreas de interface da floresta com os espaços edificados

(habitações e empresas);

● Aspetos relacionados com a regeneração e gestão pós-incêndio, englobando

modalidades de proteção do solo, avaliação de impactos na biodiversidade (com

especial relevo para as espécies protegidas), nos recursos hídricos, nos

ecossistemas fluviais, proporcionando informação para a tomada de decisão;

● Aspetos relacionados com as propostas de instalação de complexos vegetais com

diversidade, com vista a criar mosaicos mais resilientes ao fogo;

● Mecanismos de gestão do risco, baseados em sistemas de apoio à decisão em

tempo real, com incorporação de tecnologia na prevenção, na previsão e deteção

remota, integrando dados atuais e reais (meteorologia, orografia e séries históricas).

As reflexões que se têm realizado na sequência dos incêndios florestais insistem genericamente

na incorporação do conhecimento e na procura de inovação no conjunto das atividades presentes

e a desenvolver nestas áreas. A concretização desta problemática deverá beneficiar da rede de

instituições de ensino superior espalhadas pelo país, muitas delas com uma enorme proximidade

com os recursos e realidades das suas áreas de influência. Grande parte das suas atividades

deveria corresponder a programas de desenvolvimento e de valorização de recursos,

contratualizados com os organismos públicos financiadores da investigação científica, com

empresas vocacionadas para se instalarem nesses territórios ou com associações

intermunicipais, entendendo estas últimas ações como iniciativas de apoio às atividades da

região. Se no passado o investimento municipal era orientado sobretudo para infraestruturas

físicas, de suporte à qualidade de vida dos cidadãos, na atualidade ele deve ser reorientado para

o apoio ao desenvolvimento de atividades que possam valorizar recursos e criar emprego,

primordialmente num quadro intermunicipal.

Recorde-se que, há mais de cinquenta anos, o setor público suportava uma rede de unidades de

investigação espalhadas pelo território e orientadas para as respetivas especificidades. No

domínio da fruticultura, da produção animal, do melhoramento de plantas, da desertificação, da

vitivinicultura, da olivicultura ou da subericultura, a referida rede foi sendo destroçada para

concentrar o que restava na sede dos serviços em Lisboa.

A revitalização de áreas orientadas para as opções agroalimentares, silvícolas e pastoris obriga

à relocalização de unidades de investigação e inovação nos territórios vocacionados para a

valorização dos respetivos recursos. É nesse sentido que se propõe:

● Criação de redes de unidades de investigação, vocacionadas para a valorização

dos produtos regionais e locais e orientadas para a consolidação de sistemas

agroalimentares;

II SÉRIE-E — NÚMERO 16_____________________________________________________________________________________________________________________

240