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efeito, o pinheiro manso é uma espécie dotada de elevada plasticidade, além de que apresenta

um papel importante na proteção de solos e na fixação de dunas costeiras e sub-costeiras,

devendo também ser tido em conta o seu desempenho como espécie pioneira. Aliás, a maioria

dos povoamentos de pinheiro-manso ocorre em solos arenosos profundos, nomeadamente

podzóis derivados de paleodunas plio-pleistocénicas ou mesmo arenossolos de origem

holocénica. Estes são solos profundos, com boa drenagem interna, mas pobres em nutrientes,

ácidos, de textura muito grosseira e baixa capacidade de campo, situação muito semelhante ao

verificado na MNL. Tendo em consideração a posição de Pinus pinea na vegetação natural

portuguesa no que diz respeito, nomeadamente, à sua posição em relação ao pinheiro bravo,

pode presumir-se que esta última espécie estaria maioritariamente associada a comunidades

arbustivas inflamáveis e de elevada carga de combustível, com ericáceas, enquanto o pinheiro

manso teria um sob-coberto com reduzida carga de combustível e dominado por espécies menos

inflamáveis, sem (ou com poucas) ericáceas, que não ofereceria condições para a ocorrência de

fogos regulares e intensos (Costa & Evaristo, 2008). Além do mais, a produção de pinheiro

manso é fácil de realizar por via seminal, bem como a conservação da semente para posterior

utilização nas épocas apropriadas de sementeira (Antunes, 2010). Acresce que a importância

económica do pinhão e a diversificação da paisagem, são elementos adicionais importantes a

considerar.

II SÉRIE-E — NÚMERO 4______________________________________________________________________________________________________

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