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57 | II Série GOPOE - Número: 009 | 19 de Novembro de 2008

outra forma, seriam relativamente reduzidos. Mas também tem outro critério: o de selecção. O momento que vivemos é extremamente difícil, mas não podemos correr o risco de estar a pôr dinheiros públicos em empresas ou sectores que mais tarde vão representar um ónus para o Orçamento; ou, pelo menos, quando fazemos isso, devemos de ter consciência do que estamos a fazer.
Relativamente à pergunta do sector automóvel, convoquei os principais agentes do sector para uma reunião até ao final da semana. É muito importante ouvir o que eles têm para dizer, as suas propostas, e diagnosticar com grande precisão os seus problemas, que sabemos que são graves. Eu e os Secretários de Estado temos estado em contacto directo não só com os produtores de automóveis mas também com os fabricantes de componentes e entendemos que tinha chegado o momento de os convocar para uma reunião formal, para vermos o que é possível fazer, tanto mais que existe um grande debate a nível, diria, mais do que europeu, mundial quanto ao que fazer com a indústria automóvel numa conjuntura tão difícil, visto que é sabido que, em países como Espanha, França, Inglaterra e Estados Unidos, a quebra da procura está a ser brutal.
Vou responder a mais duas perguntas, depois passo a palavra aos Srs. Secretários de Estado e, no fim, retomo a palavra.
Relativamente ao sector financeiro, não se tratam de medidas para ajudar o banco a, b ou c e muito menos para ajudar este ou aquele banqueiro. A intervenção no sector financeiro é para restabelecer, o mais rapidamente possível,»

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Foi essa a questão que eu pus!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — » o fluxo de financiamento á economia, porque, se isso não for feito, quem vai pagar são as empresas e as famílias.
Portanto, esta é a mensagem: queremos restabelecer o funcionamento do financiamento à economia, que ainda não está restabelecido em total normalidade, mas há indicações de que vamos no bom sentido. Basta ver que a Euribor baixou 1% no último mês e isto representa uma poupança de encargos, num ano, numa prestação do empréstimo à habitação, entre 10% e 20% por mês, o que é muito importante.

O Sr. Secretário de Estado do Turismo: — Muito bem!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação: — Sr. Deputado, pergunto-lhe apenas quem são os empresários que andam a escrever-lhe. Se me disser quem são, poderei identificar o tipo de opinião eles veiculam.

Protestos dos Deputados do PSD Hugo Velosa e do PCP Agostinho Lopes.

Não deve ser segredo. Portanto, talvez me possa dizer quem são os empresários com quem se corresponde.

O Sr. Presidente (Honório Novo): — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado do Turismo.

O Sr. Secretário de Estado do Turismo: — Sr. Presidente e Srs. Deputados, muito rapidamente, só para situar as questões do turismo e fazer uma breve resenha do que, efectivamente, se está a passar no sector.
Em primeiro lugar, julgo que é preciso relativizar um pouco a questão de 2008 e enquadrá-la relativamente ao ano anterior. O ano de 2007 foi o melhor ano turístico de sempre para Portugal. Ultrapassámos, pela primeira vez, os 7000 milhões de euros de receitas. E estamos no ano de 2008, um ano assumidamente difícil, ainda a crescer cerca de 3,2%, em função dos dados mais recentes, o que compara com realidades directamente concorrenciais a Portugal: Espanha está a crescer 0,9%, França 0,6% e Itália 0,8%. Ou seja, Portugal cresce três vezes mais do que cada uma destas realidades.
Em 2008, Portugal, em função do ranking da competitividade atribuído e comunicado pelo Fórum Económico Mundial, subiu do 22.º para o 15.º posto, num universo de 130 países.