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61 | II Série GOPOE - Número: 009 | 19 de Novembro de 2008

contratualizar com a Lundin Mining, até 2 de Dezembro, os termos da operação de aquisição das pirites alentejanas, com a manutenção do emprego. Foi manifestado pelo Ministério e pela empresa compradora o seu desejo de as negociações terem lugar com a manutenção da actividade da empresa Pirites Alentejanas, devendo o processo de rescisão dos contratos de trabalho, iniciado de manhã, ser suspenso.
O CEO da Pirites Alentejanas, telefonicamente, à nossa frente, tentou demover o CEO da Lundin Mining desta última condição, o que não foi acolhido, pelo facto de a decisão já ter sido decidida pelo Board da empresa e comunicada pelo CEO ao mercado nessa tarde em Toronto. As cotações estavam a cair vertiginosamente — a cotação da Lundin estava a 1,28 dólares, quando há um mês tinha atingido um valor de 15 dólares/acção, e, em contrapartida, as cotações do minério estavam — imaginem! — a 0,49 dólares/librapeso, que compara com os 2 dólares/libra-peso anteriores.
Ontem, a pedido do sindicato, teve lugar no Ministério uma reunião com o Sr. Ministro da Economia e comigo próprio, tendo sido confirmado aos trabalhadores a existência de negociações com uma empresa interessada em comprar as pirites alentejanas. O representante dos trabalhadores foi também informado do nosso empenhamento para que as negociações cheguem a bom termo e com retoma de actividades a partir de 2 de Dezembro.
Esta, Srs. Deputados, é a verdade dos factos. O Governo tudo fez para que o rearranque das actividades do complexo tivesse lugar e fosse possível. O Governo tudo está a fazer para que as negociações em curso entre a Lundin e o potencial comprador cheguem a bom termo até 2 de Dezembro.
Muito obrigado pela vossa atenção.

O Sr. Presidente (Honório Novo): — Muito obrigado, Sr. Secretário de Estado da Indústria pelo que acaba de dizer, pois é de uma importância e actualidade incontornáveis. Caso essa informação esteja escrita, seria de grande utilidade a sua distribuição pelos grupos parlamentares e por esta Assembleia.
Para completar esta ronda pelos Secretários de Estado, dou a palavra ao Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.

O Sr. Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor (Fernando Serrasqueiro): — Sr. Presidente, a questão que foi aqui colocada por dois Deputados ao Sr. Ministro e que me foi remetida tem a ver com as exportações e a sua diversificação.
Começo por dizer que, ano a ano, exactamente por esta altura, somos sempre confrontados com a mesma crítica sobre o cenário macroeconómico: um valor muito ambicioso para as exportações. De qualquer forma, esses valores têm vindo a ser confirmados. Hoje, podemos dizer que as exportações estão a crescer para um valor próximo de 4,6% e o objectivo do cenário macroeconómico para o próximo ano é, efectivamente, um decréscimo para 1,2%, ou seja, quatro vezes menos.
A estratégia definida por este Governo para a área das exportações assentou, sobretudo, em três palavras: diversificar, alargar e inovar.
Diversificar, porque entendíamos que a melhor forma de podermos subir as exportações era alargar a nossa base exportadora e, para isso, utilizámos um instrumento que já aqui foi falado: a diplomacia económica. Mas convém caracterizar o que é a diplomacia económica. Quando chegamos ao Ministério, diplomacia económica caracterizava-se por dois aspectos: o primeiro tinha a ver com a integração dos delegados do ICEP nas embaixadas; o segundo tinha a ver com as comitivas que acompanhavam o Sr.
Primeiro-Ministro. Era este o envolvimento que normalmente se caracterizava de diplomacia económica.
Entendemos que «diplomacia económica» tem outro significado, tem a ver sobretudo com vários aspectos.
Primeiro aspecto, escolher bem os países. O actual Primeiro-Ministro já visitou os países chamados «BRIC + A» — ou seja, Brasil, Rússia, Índia, China e Angola —, a par de países do petróleo, por serem considerados, em termos da nossa estratégia de diversificação comercial, países atractivos e para os quais os valores de exportação indiciavam que era possível muito mais.
Segundo aspecto, envolvimento do Governo ao mais alto nível. O Sr. Primeiro-Ministro tem tido um papel preponderante e liderante na captação de hipóteses para podermos alargar a base exportadora.
Terceiro aspecto, os Membros do Governo têm uma tarefa de desbloqueamento. Não se trata apenas de visitar os países mas, sobretudo, de o fazer tentando resolver os diferentes bloqueios que cada um dos empresários tem vindo a transmitir. O envolvimento de todos os membros do Governo traduz-se em serem