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semana, é uma violência a todos os títulos. Portanto, já o disse em sede de reunião da Mesa e repito-o agora.
Quanto à questão das actas, Sr. Presidente, ela é muito simples. As actas têm, no contexto político que investe a revisão constitucional, uma importância política acrescida. Não são um registo histórico, são um elemento activo de intervenção na segunda leitura, porque as actas da primeira leitura são a base daquilo que vai ser a segunda leitura e, portanto, em nossa opinião, é indispensável que elas apareçam antes de qualquer debate em Plenário.
Agora, o Sr. Presidente anunciou que já tem as actas até dia 3 de Setembro, não sei até que artigo,...

O Sr. Presidente: - Já pedi para me darem essa informação e penso que ela vai chegar em qualquer momento.

O Sr. João Amaral (PCP): - ... mas o que é inaceitável, a qualquer título, é que não haja neste momento - e o Sr. Presidente tem de providenciar nesse sentido - um calendário rigoroso das datas de produção das actas. Isto é, temos de saber quando é que elas estão prontas e porque é que não estão. Se nós podemos fazer horas extraordinárias, porque é que as pessoas que estão a descodificar as actas não as podem fazer?!
Peço muita desculpa mas, neste momento, a questão é de exigência absoluta. As actas têm de estar prontas e o Sr. Presidente melhor do que ninguém sabe porquê.
Há ainda outras questões que a Mesa ponderou e que o Sr. Presidente ainda não adiantou, mas creio que, face a esta questão que levantei relativa às actas e face à questão do guião, a continuação dos trabalhos deveria aguardar pelo menos o período desta tarde para o Sr. Presidente reunir esses elementos. Isto é, devíamos voltar a reunir, de acordo com o calendário que pode ser fixado, não esta tarde mas no dia a seguir, para esta tarde ser feito o adequado apuramento de toda esta questão acerca das actas.
Há ainda outro aspecto, que se prende com o relatório do ex-Presidente Vital Moreira. O relatório é um documento de 44 páginas, segundo vi no Público e ainda não tive oportunidade de o confirmar, mas o Público deve saber do que fala.
Portanto, trata-se de um relatório de 44 páginas, minucioso, que tem de ser analisado e o Sr. Presidente compreenderá o pedido que formulo em nome do meu grupo parlamentar no sentido de que, para a análise deste relatório e da questão das actas, esta tarde não haja reunião, isto é, que façamos hoje, aqui e agora, os apuramentos necessários em relação a toda esta matéria, até onde for possível chegar, de organização dos trabalhos e prossigamos amanhã, pelo menos já com a leitura do relatório feita e com o conhecimento rigoroso que, entretanto, o Sr. Presidente terá do que se vai passar com as actas.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Augusto Boucinha.

O Sr. Augusto Boucinha (CDS-PP): - Sr. Presidente, em certa medida, subscrevo as palavras do Sr. Deputado João Amaral. Aliás, já o dissemos na reunião da Mesa.
No entanto, há duas questões que gostaria de colocar, sendo a primeira relacionada com a tal reunião à quinta-feira. Como já disse e pelas razões que invoquei, as reuniões à quinta-feira são penalizantes para nós, como também para o PCP e para Os Verdes, porque somos pequenos grupos parlamentares e isso implica uma sobrecarga de trabalho.
Assim, perguntaria, ainda que abusivamente: se eliminássemos a quinta-feira, isso representaria um atraso, em termos dos trabalhos da revisão constitucional, de quanto tempo?

O Sr. Presidente: - Está colocada a questão.

O Sr. Augusto Boucinha (CDS-PP): - Em segundo lugar, gostaria de perguntar, já que foi eliminada a reunião de quarta-feira de manhã invocando-se outros trabalhos da 1.ª Comissão e já que são o PS e o PSD que invocam esse tipo de argumento, quantos elementos destes dois partidos fazem parte da 1.ª Comissão.
É sabido que são variadíssimos os elementos do PS e do PSD, os quais se podem revezar, e a experiência tem-me dito que, normalmente, estão os mesmos elementos na CERC.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Magalhães.

O Sr. José Magalhães (PS): - Sr. Presidente, em termos de harmonização e articulação, não se esgotaram, naturalmente, as possibilidades e tudo aquilo que foi aprovado tem um proviso: é que as circunstâncias da vida parlamentar podem originar, como originaram na primeira leitura, flexibilizações e ajustamentos.
Não fiquei foi muito certo de qual seria o calendário alternativo considerado perfeito, não constrangente e, neste sentido, adequado para satisfazer e acomodar aquilo que sabíamos à partida ser alguma coisa que não é facilmente acomodável. Fiquei sem saber qual é a proposta do PCP ou do PP. Duas reuniões, uma reunião? Isso não ficou claro para mim e creio que seria útil que ficasse na acta para que todos soubéssemos qual o calendário considerado realista nessa matéria.
Pela nossa parte, repito, estamos perfeitamente de acordo em que se reedite o que se fez na primeira leitura, sempre com a margem de flexibilidade decorrente do facto de se há uma reunião extraordinária da 1.ª Comissão que implique uma circunstância que, fortemente, diminua a participação de pessoas que achamos que devem participar, então, esta Comissão, caso a caso, considerará o reajustamento dos seus trabalhos.
Uma segunda observação, Sr. Presidente, é relativa às condições materiais de trabalho.
Desde ontem ao fim da tarde que estão reunidas as condições que eu diria mais do que razoáveis para, com todos os elementos da Mesa, procedermos ao início da segunda leitura. Desde logo porque todos nós conhecíamos o conteúdo básico do guião que o Dr. Vital Moreira teve a gentileza de nos mandar, uma vez que partilhámos a discussão