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Eu penso que há uma necessidade e, havendo uma necessidade, haverá uma procura. Muito mais com o envelhecimento da população portuguesa, haverá também um aumento da procura das necessidades ligadas à terceira idade. E se há essa necessidade da terceira idade, há também, provavelmente, uma procura de técnicos para acompanhar essa necessidade e acompanhar esse serviço. (Ent. 15)

Por outro lado, as transformações ocorridas ao longo das últimas décadas na sociedade

portuguesa em termos do aumento da população imigrante e da sua difícil integração são

também referenciadas enquanto justificação para o aumento da necessidade dos serviços

prestados pelos assistentes sociais.

Face aos problemas actuais, à crise, ao desemprego e à falta de oportunidades, há muita procura. Agora existe cada vez mais uma procura da população imigrante, que está cada vez mais em Portugal. Às vezes são coisas básicas, por exemplo: eles não sabem como se dirigir ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, como tratar de um problema, de uma papelada. E às vezes nós damos um apoio, que é uma coisa simples, mas ajudamos a pessoa a preencher aquele formulário. (Ent. 14)

As justificações de carácter mais estrutural ao nível dos problemas sociais, e não tanto

relacionadas com a crise económica, foram expostas pelos entrevistados com funções de

carácter institucional, conforme se verifica pelos excertos abaixo transcritos.

Acho que vai evoluir. Há novos problemas sociais (…) vão surgidos novos problemas, problemas sociais como a imigração, reestruturação familiar, novos comportamentos e novas violências e, portanto, o Assistente Social vai ter campo de trabalho. (Ent. 22)

Há uma grande aposta que vai estar muito em cima da mesa, que é o desenvolvimento de acções preventivas, não apenas de acção face aos problemas. Eu gostava que um perfil de Assistente Social assumisse outras características. Tem a ver com a procura de alternativas para os problemas. Colocaria os assistentes sociais num patamar de mediação social, mediação comunitária, que não é apenas a aplicação das medidas, mas também não é uma perspectiva terapêutica. É mais uma perspectiva dos direitos, mas ligando a promoção e a prevenção. Porque foi realmente um campo onde o Serviço Social sempre interveio, nos conflitos familiares, nos conflitos dentro da escola. Nunca assumiu foi o seu perfil como mediador, porque a mediação foi-se afirmando como um modo alternativo de resolução de conflitos, extra judicial e não incorporado numa prática profissional corrente. (Ent. 29)

Em concordância com a esmagadora maioria das respostas obtidas face à questão da

evolução da procura dos serviços prestados pela profissão, relativamente às expectativas

quanto à evolução das condições de empregabilidade dos assistentes sociais, o agravamento

dos problemas sociais relacionados com o envelhecimento da população, a pobreza e a