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Ainda sobre o contributo do Serviço Social para o bem-estar da população, há um conjunto

de respostas que apresentam uma perspectiva mais preventiva relativamente aos problemas

sociais. Enquanto parte das respostas anteriores assumem uma postura mais reactiva, de

tentar minimizar os problemas sociais através do trabalho com os indivíduos ou pela

implementação e intermediação das políticas sociais, as respostas seguintes são preventivas

no sentido de se considerar que é possível combater os problemas sociais antes dos mesmos

surgirem ou atingirem proporções preocupantes. Esta perspectiva assume uma metodologia

de investigação-acção, em que conhecendo de forma segura e fundamentada a sociedade e as

suas dinâmicas, fazendo-se o diagnóstico das situações, ou como é metaforicamente

assumido numa das respostas, “tirar-se a fotografia da realidade”, se pode agir de imediato

sobre os problemas ou permanecer atento a novas necessidades. Este conhecimento seguro e

fundamentado deverá ser a base que proporcione o delinear das políticas sociais adequadas

aos contextos.

Eu acho que é uma profissão importante na sociedade e acho que faz falta na medida em que se devem começar a trabalhar as situações logo não as deixando chegar ao ponto em que é muito difícil sair. Acho que de facto a profissão faz falta, mas que há muita falta de técnicos. É um serviço que fundamentalmente tem que ser feito no terreno, tem que haver técnicos, tem que haver meios para o conseguir fazer. (Ent. 3)

Eu, se calhar como todas as assistentes sociais, tenho algum lado romântico. Sempre acreditei muito nisto: o grande contributo que as assistentes sociais podem dar para fazerem fotografias em determinados momentos da vida das pessoas, é conseguirem exactamente colocarem-se nessa posição de fotógrafo da realidade. Só é possível ser fotógrafo da realidade se estiver integrado numa equipa. (Ent. 25)

Através das políticas, da sistematização, do conhecimento, da investigação-acção. Não é o paliativo casuístico, porque a intervenção muito casuística não leva a nada, é paliativo e pronto, não tem impacto para a mudança das políticas. E é esse o caminho que temos que fazer, investigar em termos de investigação-acção para ter uma percepção, de forma sistematizada de perceber as causas e os efeitos, e devolver a alguém que tem o poder da decisão, nessa matéria. Penso que é aí o grande contributo do Serviço Social para a mudança na nossa sociedade. (Ent. 28)

A consciência da importância do Serviço Social para o bem-estar da população e do interesse

público num bom desempenho da profissão parecem ser as notas mais salientes que estes

testemunhos transmitem. A questão que recorrentemente nestes se coloca é precisamente a

de saber quem pode garantir o bom desempenho da profissão num contexto em que as

principais instituições que empregam os profissionais parecem ser as primeiras a

desrespeitar a missão destes. A resposta a esta questão não é fácil mas muitos entendem que

é precisamente a Ordem quem melhor pode fazer respeitar a profissão pelo facto de ser