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é referido numa das respostas, o “Serviço Social é a cara de qualquer serviço”, porque é o

momento em que a dimensão humana do contacto e resolução do problema começa a ganhar

consistência. Se, como também é assinalado, não houver uma expressão relacional a mediar a

resolução do problema, então o mesmo não será plenamente solucionado, porque foi apenas

intervencionado numa dimensão técnica e não afectiva.

Eu quando digo que é uma profissão que abrange muito, é também uma profissão de muitas frustrações. Espera-se do Serviço Social que venha a solução para tudo. É a ideia que me dá quando as pessoas vêm aqui. O Serviço Social é a cara. Eu acho muitas vezes que, mais do que outro tipo de serviço, o Serviço Social é a cara do serviço. Devido ao atendimento, com uma grande componente de contacto com o público, acho que é a cara de um serviço. (Ent. 8)

Eu acho que as que têm mais reconhecimento público são estas que estão mais ligadas ao atendimento social. Ou seja, a maior parte das instituições que têm algum tipo de competências em matéria de acção social, têm assistentes sociais a trabalhar, sejam IPSS, sejam autarquias, sejam serviços da administração central. (Ent. 10)

Aquilo que tem mais reconhecimento público será a resolução, ou seja, o que tem visibilidade é sempre aquilo que se conseguiu realizar, concretizar, o que é que foi possível para resolver a situação que a pessoa tinha. Agora, a outra parte também tem sempre muita importância, na medida em que a relação que é estabelecida fica, mesmo que o problema não seja resolvido. Se a relação que é estabelecida, se aquele acompanhamento, ou aquele encaminhamento ou aquele atendimento for feito tendo em conta o que uma pessoa vive e a sua perspectiva, mesmo que o problema não seja resolvido, aquela pessoa vai sentir-se ajudada e acho que isso é que é importante na área do trabalho social. (Ent. 30)

Relativamente à questão do conhecimento que o público em geral terá relativamente àquilo

que os assistentes sociais fazem, verifica-se uma dicotomia nas respostas, entre os que

consideram que o público sabe efectivamente o que o Assistente Social faz e os que acham

que o público tem uma ideia errada das funções dos assistentes sociais.

As razões invocadas para se considerar o desconhecimento do público relativamente aos

desempenhos dos assistentes sociais passam essencialmente pela ideia errada segundo a qual

o que os assistentes sociais fazem é “dar” subsídios. Há nas respostas a esta questão a recusa

da imagem assistencialista de apoio pecuniário aos carenciados, a recusa da imagem “das

meninas da assistência” que resolvem os problemas da miséria e da pobreza, a recusa da

ideia da segurança social que “encontra lares para os velhinhos sem família”.

Eu acho que está tudo relacionado com uma ideia um bocado errada do subsídio. Mesmo no hospital, as pessoas quando vêm ter connosco associam o Serviço Social à Segurança Social, aos subsídios e o apoio pecuniário. Esta parte do subsídio é que as pessoas, em todo o lado, acham que é a nossa função. As pessoas vêem-nos um bocadinho ainda como as meninas da assistência, é ideia da assistência social que as pessoas têm um bocadinho, um bocadinho não, muito. (Ent. 4)