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2542 I SÉRIE -NÚMERO 79

nistro para que parem imediatamente com esta prática. O PS não aceitará factos consumados nesta matéria. É bom que parem, porque todos os limites já foram ultrapassados.

Aplausos do PS.

O quarto é a desmobilização. Toda a comunicação social foi unânime em considerar as jornadas parlamentares do PSD como uma enorme manifestação de desmotivação. Não se conhece uma única conclusão desse evento, apenas se sabe que no PSD ninguém se entende sobre a regionalização, já que escolheram dar protagonismo a um dos seus detractores no mesmo momento em que Fernando Nogueira e Luís Filipe Menezes tentavam regressar a posições anteriores à liquidação programática feita por Cavaco Silva. E também se sabe que uma importante figura da ciência e da filosofia terá repetido para o não menos ilustre auditório várias imagens zoológicas na primeira pessoa do plural. Compreendo a atrapalhação do Grupo Parlamentar do PSD. Há dias assim...

O Sr. José Vera Jardim (PS): - É uma vergonha!

O Orador: - O quinto sinal tem a ver com as inaugurações. Aí estão elas, como há quatro anos! São estradas, auto-estradas, IP, pontes, circulares, fontes, pavilhões, repuxos. São vistas como o último trunfo de quem já quase desespera São vistas como o último trunfo, mas com alguma descrença! A descrença do Ministro Ferreira do Amaral é tal que parece mais preocupado com as eleições para a Câmara Municipal de Lisboa de 1997 do que com as eleições de Outubro de 1995.
A abundância de inaugurações é a outra face das carências e défices sociais e económicos em que o País mergulhou. Não faltaram os fundos para tornar possível um festival eleitoral de quatro meses, mas faltaram os meios para responder a necessidades culturais e sociais absolutamente básicas.
O sexto é o silenciamento. Quando as coisas correm mal, acabe-se com elas - eis a directiva da actual maioria, da velha maioria!
O inquérito aos casos OGMA I e OGMA II abriram para a eventual responsabilização política de Fernando Nogueira e Durão Barroso. Então, em vez de estes tomarem a iniciativa de querer responder na
Comissão de Inquérito, no PSD deram-se ordens para fechar abruptamente esse mesmo inquérito.

O Sr. José Vera Jardim (PS): - É uma vergonha!

O Orador: - Depois, na mais canhestra manobra política desta legislatura, lá foi o Grupo Parlamentar do PSD, em romaria, às OGMA, onde ouviu exactamente o contrário do que queria, e, assim, lá se sacrificou o Deputado Vieira de Castro, meu querido amigo, conseguindo o maior consenso negativo de que há memória na imprensa do fim-de-semana.

Risos do PS.

O sétimo sinal é a delapidação. Sem se saber quais os critérios e causando a maior perturbação em centenas de empresas, foram esgotadas as verbas do Fundo Social Europeu para 1995. "Sacrificam-se as PME e premeiam-se os lobbies, funcionaram as pressões e as cunhas" - eis uma acusação ainda não desmentida ou esclarecida! E entretanto, de Norte a Sul do País, não há dinheiro do
Instituto de Emprego e Formação Profissional. Os programas foram atrasados, os fundos esgotados, as verbas desviadas. A partir de Outubro é necessário fazer uma rigorosa avaliação ao que se está a passar neste momento com as verbas da formação profissional.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - O oitavo é a irritação. Os padres lisboetas denunciam a insegurança, o Ministro da Administração Interna, Dias Loureiro, irrita-se. Não se irrita com a insegurança, irrita-se com os padres. Aliás, e voltando ao silenciamento, quando os responsáveis da PSP se queixaram da falta de efectivos, o mesmo Dias Loureiro intimou-os ao silêncio. Resta saber se a promessa agora feita de pôr policias à porta das igrejas não será cumprida à custa daqueles que ainda há pouco tempo foram anunciados para o Metropolitano...

Vozes do PS: - Claro!

O Orador: - ... e se daqui a umas semanas não sairão das igrejas para as escolas, depois para os recintos desportivos, por aí adiante...

Vozes do PS: - Claro!

O Orador: - Um comissário europeu questiona a possibilidade de Portugal vir a fazer parte do célebre pelotão da frente da UEM. O Ministro Catroga irrita-se com o comissário e não com as fraquezas da convergência.
O líder do PSD, Fernando Nogueira, aparece quase todos os dias aos gritos na televisão. Irritado. Irritado com o PS, com António Guterres, com as sondagens, com Pacheco Pereira, com Angelo Correia, com Rui Macheie, com Alberto João Jardim, com a vida. E a procissão ainda vai no adro...

Aplausos do PS.

O nono sinal é o frenesim, sobretudo o nacionalista. E aí está, já marcada por um Secretário de Estado muito proeminente, no pensamento estratégico da actual maioria, Luís Filipe Menezes, uma "manif." anti-castelhana. O desconchavo ultrapassa todas as previsões. Pensar que um homem público põe e tira chapéus de governante sem consequências, podendo fazer o que lhe passa pela cabeça sempre que está de chapéu na mão, não é ingenuidade, é aventureirismo irresponsável. A realizar-se, essa será uma manifestação do Governo contra o Governo É mais uma originalidade nesta fase final de poder do PSD!

Aplausos do PS.

O décimo é a excitação. E lá vimos o Ministro Durão Barroso aos saltos, num palco, para mostrar que não é socialista. Não era preciso tanto! Já todos sabíamos! E lá o ouvimos aos gritos sobre as gravuras rupestres com socialistas. Os saltos e os gritos não são de todo novidade.
Não falando dos gritos, relembre-se que este Ministro "saltou" muito quando agora detende medidas a que sempre se opôs, quando transformou em bandeiras da sua campanha interna a alteração de realidades com que sempre pactuou. Quanto mais o Ministro Durão Barroso "salta", menor é a credibilidade para poder protagonizar uma alternativa a 2 de Outubro! Uma alternativa de nova maioria dentro da velha maioria!

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