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10 DE MARÇO DE 2016

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Sr. Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, ao percorrer, num imperativo exercício de memória, a longa e

singular carreira de serviço à Pátria de Vossa Excelência — com uma década na chefia do Governo e uma

década na chefia do Estado, que, largamente, definiram o Portugal que temos — entendo ser estrito dever de

justiça, independentemente dos juízos que toda a vivência política suscita, dirigir a Vossa Excelência uma

palavra de gratidão pelo empenho que sempre colocou na defesa do interesse nacional, da ótica que se lhe

afigurava correta, sacrificando vida pessoal, académica e profissional em indesmentível dedicação ao bem

comum.

Bem haja!

Aplausos do PSD, com Deputados de pé, do CDS-PP e de Deputados do PS.

Sr. General António Ramalho Eanes e Sr. Dr. Jorge Sampaio, a presença de Vossas Excelências é o

símbolo da continuidade e da riqueza da nossa Democracia, linhagem notável na qual também se insere o Sr.

Dr. Mário Soares.

Democracia que se enobrece com a presença de três ilustres convidados estrangeiros que nos honram, ao

aceitarem os convites pessoais que formulei, correspondentes a coordenadas essenciais da nossa política

externa.

Da origem nacional, convertida em exemplares vizinhança, irmandade e cumplicidade europeias, na

pessoa de Sua Majestade o Rei Filipe VI.

Aplausos do PSD, do PS e do CDS-PP.

Da vontade de construir um novo futuro assente numa eloquente e calorosa fraternidade, e comunidade de

destino, na pessoa de Sua Excelência o Presidente Filipe Nyusi.

Aplausos do PSD, do PS, do CDS-PP e de Os Verdes.

Da constante afirmação do nosso empenho numa Europa unida e solidária, na pessoa de Sua Excelência o

Presidente Jean-Claude Juncker.

Aplausos do PSD, do PS e do CDS-PP.

Acresce a esta dimensão de Estado uma outra, pessoal, em que se juntam respeito, laços antigos e grata

amizade.

Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Escreveu um herói português do século XIX que «este Reino é obra

de soldados». Assim foi, na verdade, desde a fundação de Portugal, atestada em Zamora e reconhecida urbi

et orbi pela Bula Manifestis Probatum est,nas batalhas da expansão continental ou da defesa e restauração

da independência, como nas epopeias marítimas ou, nos nossos dias, nas missões de paz, ou humanitárias,

dentro e fora da Europa com as nossas Forças Armadas sempre fiéis a Portugal.

Assim foi, também, em 25 de Abril de 1974, com os jovens capitães, resgatando a liberdade, anunciando a

democracia, permitindo converter o império colonial em comunidade de povos e Estados independentes,

prometendo a paz, o desenvolvimento e a justiça para todos.

Aplausos do PSD, do PS, do BE e do CDS-PP.

A quantos — militares e civis — fizeram o Portugal de sempre, como, de modo particular, a quantos, civis e

militares, construíram a República democrática devemos aqui estar, eleitos pelo povo, em cumprimento da

Constituição.

Digo bem, a Constituição. Neste mesmo Hemiciclo, discutida e aprovada no meio de uma revolução e

promulgada, há quase 40 anos, no dia 2 de abril de 1976.

Recordo, com emoção, esses tempos inesquecíveis, em que, jovem constituinte, juntei a minha voz e o

meu voto a tantos mais, vindos de quadrantes tão diversos, tendo percorrido caminhos tão variados, havendo