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grado; fiquei por tanto pasmado quando aqui \i vonsio-nai-se-lhe esta verba. Eu não quero calum-iiiar este liomem ; não sei se o que tenho ouvido dizer dslle e vordadfi; mas se e verdade, e preciso ter caulella com isso ; porque ouço dizer que tem sido um conspirador, que tem em Coimbra um Vigário Geral, que fomenta lá o scisma , e que tem por lá feito ou mandado fazer quantas diabruras ha; de maneira que sendo isto verdade, havendo que dizer delle todas estas cousas, que não sei se são verdadeiras, e preciso cautella com elle ; e ^rn logar de dar-lhe 600 mil reis, eu por mim faria-lhe um processo.

O Sr. Roma : —'Creio que será conveniente que a votação sobre este Artigo seja dividida em três partes; primeiramente a verba do Bispo reservatario de Coimbra; depois os Irfs Bispos, e ultimamente a côngrua aos Parochos , da qual ainda nin-guem disse nada.

O Sr. Ferrcr:—Sr. Presidente, quando a Com-missão exarou esta parle do seu parecer, conheceu bem, a quanto se abalançava, e que hia expor o peito a todas as lanças; porem atlendeu á verdade e á justiça. - -

E' necessário saber'que pelas leis canónicas, que estão recebidas em Portugal e que são legislação vigente , os Parochos, os Bispos. n'uma palavra todos os Beneficiados collados tèem unia tal l;gação com as suas Igrejas, que não podem ser delias desprendidos .... (Ó Sr. Leonel: — Agora peço a palavra). Creio que ainda não disse cousa' nenhuma que deva ser combalida, e desde já peço palavra para depois do Sr» Deputado, e desafio-o a refutar es° te principio.

Sr. Presidente, dizia eu que segundo as leis cano» nicas, que são legislação recebida em Portugal, os Beneficiados collados tèem uma tal ligação com as suas Igrejas, que o poder temporal não pôde dissolver essa ligação,"em quanto não são canonicamente depostos por um processo, e tèem direito a ser alimentados pelos productos das suas igrejas. Ora son-.do islo assim, entendeu a Comrnissâo que a estes Beneficiados se devia dar alguma cousa, porque ainda não houve essa t>entcnça que os depozesse, sentença proferida n'um proce&so cm que fossem ouvidos, e em que se mostrasse que eram realmente criminosos. . Di^-sc"—o Beneficiado *a! maquinou contra o Estado:— aCommissão não sabe se maquinou, ounào; lá está o Governo- para o metler em processo e punir; mas em quanto esse processo na'* apparecer e essa sentença não for preferida, e^es Beneficiados lêem direito a serem alimentados.

E' uma vergonha qne n'um paiz caíholico, como o nosso, se consinta que u;n Bi?po não sentenciado morra de fome. Se esses Pipiados estão, como'sedtz, em ho&lilidade com o Governo deve este fazer puni-los; e não deixar de Ilie dar do ton.or. f*3as diz-se, que elles desconhecem o Governo Portuguez. N ao comprchendo; é a maior censuid que só pôde fazer ao Governo, o ducr-se que !ia em Portugal pessoas que não loconhecc-m oGoverno Poiluguez. Se assim é, ellcíseslào em hostilidade cum oGovcmo, e o Governo deve obrar cotí:i> l lie cumpre. Pelo que pertence á verba do Bispo roei xaiario de Coimbra não serei eu que me opponho a que se llie \ote mais de de 1.200$000 reis: a.Coinmiasão possuida de idéas de economia propòz esta somuia; mas se a Camará

quizer elevar esta quantia a l;600^000, c-u. de mui boa vontade cedo; porque declaro, que tenho uma veneração tal pelas virtudes, e serviços litterarios, e políticos de lào conspícuo varão, que não saberej resistir ao desejo vehemente de miihorar a condição daquelle, cuja carreira poucos, ou nenhuns a tèem seguido.

O Sr. A'guiar : — O Bispo reservalario de Coimbra também não carece dos meus elogios ; o seu nome e conhecido entre nós e nos papeis estrangeiros; as suas virtudes, os seus serviços á Causa da Liberdade são patentes a Portugal inteiro. Eu não quero s^não accrescentar alguma cousa ao que disse o Sr. Seabra, para mostrar a justiça de se lhe elevar a verba propostav E' necessário saber que o Bispo reservatario de Coimbra deixou o Bispado por motivos que lhe fazem honra e que se lhe reservou uma pensão de 10 mil crusados : a esta pensão tem elle direito, e se se Mie não paga , se não se lhe tem pago , não sei se acaso se pôde justificar esta falta.

Esta pensão devia ser paga pelo actua! Bispo de Coimbra, e seus successores, quero dizer, pelas rendas da Mitra; mas estas rendas foi a m fredusidas u quasi nada ern consequência da exlincção dos dizi-ínos. Nessa lei que os extinguio estabeleceu-se que se daria uma justa compensação ás pessoas ou corporações prejudicadas. ' Poi consequência e não só de equidade, mas e de nfais um acto de rigorosa justiça dar-lhe uma pensão sufnciento.

Agora quanto ao Bi*po actual de Coimbra, não digo que se lhe não dê a pentão do (>00 mil re'is, mas estou certo de qne com a condição de se sujei" lar francamente ao Governo da Rainha e á ordem de cousas estabelecidas, podemos votar-lhe, e ainda outra maior •sem receio de ser gravado o Thesouro com esta despexa.

O Sr. Leonel:—Leu a seguinte emenda: » Proponho que se declare que o Governo só pagará aos Bispos eecclesiaãticos, contemplados no seguinte artigo addicional proposto pela Coínmissão Ecclesias-tica , se elles leeonliecerern o Governo por uma declaração golemne e o:.pressa , e se secondusirem con-foi me esía declararão. — Declaro que isto senão entende com o Sr. Bispo reservatario de Coimbra. •»

Continuando : — Não sustento a redacção; porque isto e preciso ser redigido em termos muito dignos.

O Sr. Reis e Frasconcellob: — A respeito do Bispo reservatario não ha questão nenhuma, pôde havê-la a respeito de qualquer outra veiba, e mesmo me parece que verdadeiramente sobre nenhuma ha questão : oGoverno hão ha de ir dar dinheiro a Ff. António da Falperra , e outros que eslão perturbando a ordem publica, e por isso concordo com a emenda do Sr. Leonel ; mas parece-me que deve ser modificada a leclacção, deve-se deixar mais latitude ao Governo ; entretanto o que -me parece e que não e' conveniente piot>-redir esta questão porque ella vai-?e tornando melincliosa (apoiados). Suscitou-se aqui uma questão, que pôde dar ocea3ião a um desenvolvimento que no estado das nossas negociações com a CO;? te de Roma não me paiece que seja >con-veriifnte^poxfo-—nada, nada) com tudo faça <_ p='p' que='que' camará='camará' quizer.='quizer.' o='o'>