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SESSÃO DE 27 DE JULHO. 4855.

N.º 25.

PRESIDÊNCIA DO SR. SILVA SANCHES.

Chamada: — Presentes 53 srs. deputados. Abertura: — As 11 horas e meia. Acta: — Approvada.

CORRESPONDENCIA.

Uma declaração: — Do sr. secretario Rebello de Carvalho, participando que o sr. Honorato Ferreira não póde comparecer á sessão de hoje. — Inteirada.

Officios: — 1.º Do sr. Julião José da Silva Vieira, participando que o seu máo estado de saude lhe não permitte comparecer ha muito tempo na camara, o que justifica com um documento que acompanha o officio. — inteirada.

2. Do sr. Ferreira da Costa, participando que faltará a algumas sessões, em consequencia de ler recebido a noticia do fallecimento de seu irmão. — Inteirada; resolvendo a camara que fosse desannojado na forma do costume.

3. Do sr. Rodrigues Sampaio, participando que por incommodo de saude não póde ainda hoje comparecer á sessão, e talvez á de amanhã. — Inteirada.

4.º Do sr. Affonso Botelho, participando que não póde comparecer no principio da sessão, nem talvez a toda ella por motivos justificados. — Inteirada.

Foi lido na mesa o seguinte:

Parecer (n.º 105 C): — A commissão de instrucção publica, tendo examinado o requerimento em que Antonio Feliciano de Castilho pede a esta camara que mande proceder pela dicta commissão ou por outra especial, ás averiguações necessarias para conhecer as vantagens do seu methodo de leitura repentina a fim de o admittir nas escolas publicas de instrução primaria, intende que, achando determinado no artigo 165. do decreto de 20 de setembro de 1814 que as disposições sobre methodos de ensino são regulamentares, no governo e não ás côrtes pertence tomar este requerimento na consideração que merecer.

Sala das côrtes em 25 de julho de 1853. — Bazilio Alberto de Sousa Pinto = A. F. de Macedo Pinto = J. M. de Oliveira Pimentel = F. J. Duarte Nasareth = Justino Antonio de Freitas.

Foi approvado sem discussão.

O sr. Pinto de Almeida: — Hontem pedi a palavra antes da ordem do dia, para quando estivesse presente o sr. ministro do reino; porém, instando depois pela palavra, logo que s. ex. entrou na camara, não me foi concedida, por se estar já na ordem do dia.

O fim para que tinha pedido a palavra, era para chamar a attenção do sr. ministro do reino sobre o estado em que se acham os hospitaes da universidade de coimbrã, que não teem meios para se sustentar pela grande afluencia dos doentes, que a elles tem concorrido, em consequencia do estado pantanoso em que se acham os campos do Mondego; chegando a ponto, que no dia 22 deste mez estiveram para se fechar por falta de meios; e não se fecharam, porque o digno governador civil daquelle districto, debaixo da sua responsabilidade, deu. meios para acudir ás primeiras despezas.

O sr. ministro do reino, desejando saber a razão por que tinha pedido a palavra, e lendo-lhe eu, conjunctamente com os srs. deputados por Coimbra, exposto o estado em que se achavam os hospitaes, respondeu que ía dar promptas providencias satisfazendo assim ás necessidades daquelles infelizes; e ficando assim satisfeito com as promessas de s. ex.ª, desistio da palavra que tinha para antes da ordem do dia.

O sr. D. Rodrigo de Menezes — Sr. presidente, um dos nossos illustres collegas que presente se não acha por um desgosto de familia, tinha tenção de apresentar á camara uma proposta, da qual me encarreguei.

Sr. presidente, na forma do costume antigo desta casa, tem-se sempre dado uma gratificação a todos os empregados della, no fim das sessões ordinarias; nesta que tem excedido tudo quando era de esperar, julgo que os meus illustres collegas não duvidarão votar uma gratificação aos empregados, que tão zelosos tem prestados os seus serviços. Por isso faço a seguinte

Proposta: — Proponho que esta camara, proxima ao encerramento da sua sessão annual, conceda uma gratificação a todos os empregados subalternos das differentes classes pertencentes a esta casa, ficando a sua distribuição ao arbitrio da mesa, conforme o serviço de cada uma dessas classes. — D. Rodrigo de Menezes.

O sr. Santos Monteiro: — Quando entrou em discussão o orçamento na sua generalidade, pedi a palavra sobre o capital — Encargos geraes; — mas não me chegou; do contrario teria feito algumas observações a respeito da verba — Despeza das côrtes e teria por essa occasião chamado a attenção da camara sobre um objecto, a respeito do qual me parece que tem havido algum descuido, se não para o presente, pelo menos para o futuro: refiro-me á repartição tachygrafica.

Nós hoje lemos optimos tachygrafos (Muitos apoiados); mas elles não teem a sua vida na mão, e esta repartição está quasi a morrer, por que não ha escolas em que se criem tachygrafos para o futuro. Ora é necessaria, ou não, esta repartição? Se é necessaria, é preciso que a mesa, que a camara ou áquem compete, olhe para este objecto, por que sem uma practica aturada, e sem muito estudo não se chega a ser tachygrafo tão perfeito, como são a maior parte dos que aqui estão; e sinto dize-lo na sua presença, mas elles sabem que eu costumo ser sempre franco, e dizer o que sinto.

Hei-de chamar a attenção da camara para este objecto, e do sr. presidente, cujo zelo todos reconhecem; e como espero que o systema representativo ha de durar entre nós, devem-se preparar todos os elementos que são necessarios para a existencia do mesmo systema.

Agora que vi remetter para a mesa uma proposta, para se dar uma gratificação a alguns empregados da casa que effectivamente todos servem muito bem, e com muito zelo (Apoiados) e que tem uma retribuição insignificantissima, alguns delles, e todos grande trabalho; não posso, em vista do trabalho extraordinario que tem tido, e certo como estou de que todos os srs. deputados estão convencidos de que os srs. tachygrafos tem servido perfeitamente (Apoiados) e que merecem ser remunerada pelo excesso de trabalho que tem lido este anno, deixar de

VOL. VII — JULHO — 1853.

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