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Diário da Câmara dos Deputados

Não havendo mais ninguém inscrito sobre a acta. considero-a aprovada. Lè-se^ o

Expediente

*

Requerimento

De José Dias Veloso, capitão do quadro ,de reserva, pedindo, em recompensa de serviços que diz ter prestado, a promoção a major.

Para,a Secretaria.

Para a comissão de guerra.

' Oficio

Do Ministério da Guerra, satisfazendo, em parte, ao requerido pelo Sr. Costa Júnior em 23 de Fevereiro último.

Para a Secretaria.

Carta

Do .Sr. Vítor Hugo de Azevedo Couti-nho, agradecendo o voto de sentimento desta Câmara pela morte de seu filho Ví-

tOr ajj.aij.u6jL u G ji.jL.ZGVGviG v>GUi/lHílO.

Para a Secretaria.

Antes da ordem do dia

O Sr. Alves dos Santos: — Como as considerações que desejo fazer se referem a um assunto que não pode ser tratado sem a presença dos Srs. Ministros do Comércio e dos Negócios Estrangeiros, espero que V. Ex.a me reservará a palavra para quando S. Ex.as se acharem presentes.

O Sr. Jorge Nunes: — Doente, de cama, eu tive ocasião de ler os extractos parlamentares, e a sua leitura levou-me a " tomar, a despeito de tudo, a resolução de vir a esta Câmara explicar os factos relativos à questão ferroviária, o que faço sem receio algum de desmentido.

Fui acusado nesta casa do Parlamento, em virtude da lei que regulava essa questão, de ter enchido os cofres das companhias, e nomeadamente o da Companhia Portuguesa. A melhor resposta que posso dar a uma insinuação desta natureza é a própria declaração que oportunamente aqui. fiz de que o meu propósito era exclusivamente o de melhorar a situação económica do pessoal ferroviário. Mas, como se levantaram dúvidas e, se supo-sesse que eu seria capaz de fazer uma

afirmativa a que não correspondessem os meus actos, eu pedia ao, Sr. Ministro das Finanças, ou ao Sr. director geral da contabilidade, ou ao Sr. Vasconcelos Correia, para dizerem de sua justiça, e chomeu o Sr. engenheiro Pedro Lima, director geral do serviço e fiscalização, homem cujo carácter e saber estão acima de quaisquer suspeitas, e encarreguei-o de redigir a parte da proposta de maneira a salvaguardar .os interesses do Estado num caso de resgate, e de não consentir que qualquer, a pretexto de sobretaxas, pudesse pedir um ceitil que fosse que não viesse consignado na lei.

Nem uma palavra, nem uma linha tracei.

Esse artigo fora unicamente feito por esse homem honrado.

Esta é a resposta que posso dar a quem me acusou' de encher os cofres das companhias.

Fui acusado também de ter ameaçado p.nm um ultimatum o Governo, em organização, do Sr. António Maria da Silva.

Exponho em duas palavras o que se passou, e venha a prova contra que eu a

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Ainda tenho aqui no coração alguma cousa de português.

Depois da guerra feroz que aqui se me fez, e lá fora. eu poderia, se quisesse. usar de quaisquer processos para dificultar a organização, do Ministério citado, para lhe criar alguns embaraços; mas, ao contrário, quando os ferroviários me procuraram nesta Câmara, na tarde de. sexta-feira, pelas 14 ou 15 horas, pedindo para me pronunciar acerca dos seus vencimentos, disse-lhes que, nesta altura, não podia tratar do assunto visto estar em organização um novo Ministério, mas que estivessem tranquilos, tivessem esperança, porque os homens da República não deixariam de os atender.

Então, já mais tarde, dirigi-me ao Sr. António Maria da Silva, pedindo-lhe com empenho se não demorasse na organização do Ministério, porque a situação ora. urgente e indispensável era que governasse fosse quem fosse.