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Diário da Câmara dos Deputados

o Sr. Jorge Nunes, se V. Ex.a fosse Ministro do Comércio, a greve estalaria nessa noite».

O Sr. Jorge Nunes: — Não foi porque ninguém mo tivesse dito, mas era a impressão que eu tinha.

O Orador: — No fundo é quási a mesma cousa.

Com referência ao paralelo estabelecido pelo èx-Ministro do Comércio, com a portaria publicada pelo Sr. Júlio Martins, ela parece-me descabida.

Num caso trata-se de aumentos que só podiam beneficiar o Estado, porquanto se refere ao aumento de tarifas da Exploração do Porto de Lisboa, pois que se esta recebesse a mais, era o Estado que com isso beneficiava, emquanto que no outro caso quem beneficiava com isso era a Companhiaj e não o Estado.

Referiu-se também o Sr. Jorge Nunes,. ex-Ministro do Comércio, ao que eu porventura disse a propósito da projectada greve do pessoal da Exploração do Porto de Lisboa.

Não quero cansar a Câmara com a repetição do que então disse, apenas decla-Tft que mantenho' íntegras as minhas afirmações, e que a respeito desse, célebre desmentido que hoje veio num jornal da manhã dirigido peio Sr. António Granjo, tenho a dizer o seguinte: o desmentido, va não ser uma pequena parte que não de-strói o que eu sustentei, é falso.

O Sr. Jorge Nunes:—• Sr. Presidente: esclarecidas as referências que me foram feitas acerca da pretendida interferência que eu tivera ha organização de dois ministérios, pouco mais tenho a dizer.

O Sr. Cunha Liai referiu-se a algumas passagens dum artigo publicado num jornal ferroviário. Quere-me parecer qne a leitura de um jornal da classe ferro-viá-ria não podo autorizar a Câmara, 01.1 a mini, a fazer a mais pequena idea daquilo que o pessoal e a direcção queria, nem pode servir de base a qualquer argumento no sentido de mostrar, que, então 18 por cento eram bastante e que, hoje, 50 por cento não chegam. Preguntar-so há:

Responderei: ó porque pela primeira vez no país só tinha conseguido

O Sr. Cunha Liai: —Há um ano que não se exerce essa fiscalização?

O Orador:—<íMas p='p' de='de' por='por' então='então' descrer='descrer' havemos='havemos' dela='dela' facto='facto' _6sse='_6sse'>

Sejamos lógicos. Se a exploração se não tem exercido, organize-se uma outra mais eficaz, mas não se diga que há uma empresa que pode consentir na cobrança de dinheiros pertencentes ao Estado, porque essa fiscalização se não pode exercer, .ou porque nós não somos hábeis para a fazer.-

Demos de barato c[ue eu rialmente me excedi, que a Direcção Geral da Fiscalização se excedeu, que o Sr. director geral da fazenda se excedeu, que o Sr. António Fonseca se excedeu, que ninguém soube 'acautelar devidamente os interesses do Estado e que se deu mais dinheiro à Companhia. Como se trate duma portaria, hoje o Sr. Lúcio de Azevedo, amanhã qualquer membro .do Grupo Parlamentar, tem o ensejo de inutilizar essa portaria para então se acautelarem os interesses do Estado.

Então, S'. Ex.a o Sr. Ministro do Cof-mércio será cúmplice dum crime, se, porventura, consentir que essa portaria, uma hora mais sequer, produza os seus efeitos.