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António Baptista e com o Coronel Sr. Jaime de Figuiredo.

i Reprovam-se coronéis e metem-se oficiais na cadeia, ao menor pretexto, quando se encontram em liberdade homens que bombardeiam cidades sem defesa! (Apoiados).

Não quero agora alongar-me em considerações, o por isso não me refiro ao caso Jaime de Figueiredo, que tratarei mais tarde.

Peço a V. Ex.a que consulte a Câmara sobre a urgência e dispensa do Regimento, a fim de que o'projecto de lei que mandei para a Messf entre imediatamente em discussfto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Mantas: — Chamo a atenção do Governo para um projecto de lei que mandei para a Mesa, secorrendo as victimas dos temporais ^qu@ caíram sobre a província da Beira. Esse projecto de lei foi às comissões e desejo que V.-Ex.a «mpregue os seus esforços no sentido de que elas dêem o seu parecer com a maior urgência possível.

Desejaiúa que estivesse presente algum membro do Governo, para mais uma vez me referir ao jogo.

Tenho em" meu poder a lista de todas as casas de jogo e de todos os jogadores que existiam em Lisboa até a data em que o. Sr. Domingos Pereira mandou fechar as casus em que se jogava. Essas casas, e os jogadores, que eram mil e vinte e cinco, aumentaram, segundo me consta.

As casas que funcionavam estão já abertas, segundo as informaçõ s que tenho.

Por me constar isto, pedia a V. Ex.a para transmitir ao Sr. Presidente do Ministério que desejo que S. Ex.a compareça na Câmara, para tratar do jogo em Portugal, e pedir-lhe que o reprima, como fizeram os Governos dos Srs. Domingos Pereira e António Maria Baptista.

O orador não reviu.

O Sr. Eduardo de Sousa: — Sr. Presidente: com' surpresa vi.ontem publicada em todos os jornais de Lisboa uma nota oficiosa da Companhia dos Fósforos, que é conhecida de todos nós.

Essa nota da Companhia dos-Fósforos que se caracteriza por uma linguagem des-

Diârio da Câmara dos Deputados

pejada, é uma resposta tà resolução tomada pela Câmara dos Deputados, aprovando o projecto de lei que tive a honra de apresentar na última sessão.

Vê-se por isto que a actual greve do pessoal da Companhia dos Fósforos é, como todos os indícios o mostram, "um entendimento entre o capital e o trabalho. E baseada no princípio de que, quanto mais ganhar a Companhia, mais ganha o pessoal.

Á razão, alegada pela Companhia, de que tem nos seus armazéns fósforos fabricados nos termos do acórdão do Tribunal Arbitrai só se pode compreender na parte relativa aos preços.

A Companhia tem vários stocks de fósforos nos seus depósitos, e não sabe que o Estado não os deixa sair em virtude do preço que tem estampado nos envolucros.

Isto significa uma absoluta falta de consciência e unia especulação desenfreada da Companhia, que quere lançar para p Estado a culpa da falta dos fósforos no mercado, predispondo assim a opinião pública.

Porém, Sr. Presidente, é capciosa, é incorrecta a afirmação da Companhia, pois u que ela tinha a fazer era pôr no mercado o stock de fósforos que tem preparados, pelo preço antigo, e depois demandar o Estado por perdas e damnos. Assim é que era, e não estar a incitar o público, dizendo que a culpa de não haver fósforos é do Governo e não dela. O que oEstado não deve querer, Sr. Presidente, é que os fósforos entrem em circulação pelo preço moderno, mas sim pelo preço antigo.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:—Não há número. Vai fazer-se a chamada.

Eram 15 horas e 30 minutos.

O Sr. Presidente: — Estão presentes 55 Srs. Deputados. Não há número.

A próxima sessão é amanhã à hora regulamentar com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Os Srs. Deputados que responderam a esta chamada são os constantes da relação que fica publicada.