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Sessão de 1$ 'k Fevwriro de Í92í

Desejando tratar deste assunto, satisfaço-mo que sejam enviados para a Mesa os originais.

Aproveito a ocasião para renovar um pedido que fiz. por intermédio do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, sobre documentos relativos a conversas ha--vidas com o nosso embaixador no Brasil a propósito dos poveiros, da atitude do .comandante do cruzadur ti. Paulo quando da sua vinda a Lisboa com o rei dos belgas, e ainda sobre a campanha de descrédito contra Portugal.

Apraz-me neste momento lavrar o meu mais enérgico protesto contra o que se está passando no Brasil com os portugueses.

No dia 11 de Janeiro houve um comício no E.ÍO de Janeiro. Depois do comício a assistência dirigiu-se ao palácio do Sr. Presidente' da República a entregar lhe uma mensagem.

A. saída do palácio deu-se um conflito entre portugueses e brasileiros, em que os portugueses íbrapn maltratados.

À Câmara não esqueceu a atitude do Governo Brasileiro, perante os nossos poveiros que foram escorraçados ,do Bra--sil.

D Brasil continua tratando mal os portugueses.

Os jornais brasileiros manifestam a sua mágoa pi-Ia atitude dessa gente contra portugueses.

Eu não sf;i os que os nossos represent tantes fazem no Brasil. (Apoiados). Não sei o que o Sr. Embaixador no. Brasil tem feito. (Apoiados).

É preciso que se saiba. (Apoiados).

A honra da nossa Pátria não pode consentir nesse ignóbil procedimento.

E preciso que o Ministério dos Negócios Estrangeiros envie a cópia das notas trocadas entre os nossos representantes e Q Governo Brasileiro, a respeito do que se fstá passando, e em segundo lugar que O. Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros venha ao Parlamento explicar a atitude do. Bpasil perante portugueses.

Conio político dos mais humildes não posso consentir sem o meu protesto que se maltratem trabalhadores honrados e que do Brasil sejam escorraçados. (Apoia-dpsrf/ier

E indigna a forma como se procedeu1 com os portugueses, à saída do palácio

onde habita o Presidente da República Brasileira (Apoiados gerais), no conflito entre portugueses e brasileiros,pretextando estes pura isso um conflito havido aqui contra marinheiros brasileiros, o que não é exacto.

j Indigno-me, Sr. Presidente, perante a nossa atitude! Parece me que estamos de cócoras diante do ío4as as nações.

Eu, como português, mais uma vez protesto contra a atitude do Brasil. (Apoiados}.

Tenho dito.

O Sr. Alberto Jordão (por parte da comissão cie finanças} : — Sr. Presidente : pedi a pala\ra para, cqmo secretário da comissão de finanças, dizer a V. Ex.a que acho extraordinário o modo como muitas vezes se procede a respeito dessa comissão.

JÁ certo que S. Ex.£ o Sr. Presidente da referida comissão já ontem aqui disse, acerca d&, justiça que a ela assiste, o que de direito clovia dizer; no emtantq, per-dôe-me S. Ex.a, eu ainda posso acréscen^ tar alguma cousa às suas palavras. É que, sendo eu a todos os momentos, bem como todos os vogais da comissão, abordado por vários íárs. Deputados para dir zer se estão pendentes da comissão vários projectos de lei —e ainda ontem o Sr. Pais Rovisco disse que a comissão dovia cumprir o seu dever— acho extraordinário que esses Srs. Deputados, antes de se PÔS dirigirem, não inquiram se real^ mente os projectos por que se interessam estão nesta comissão, pois que as mais das vezos se pedem pareceres acerca de projectos que nunca ali deram entrada, como sucede agora, conforme acabo de verificar, com p do Sr. Pais Rovisco.

Eu digo à Câmara que não é a comissão de finanças obrigada a relatar pareceres de projectos que não estão em seu po,der.

Tenho dito.

O orador não reviu.