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Sessão de 2 de Setembro de 1922

Presidente assistisse às festas do centenário.

Já o Sr. Presidente do Ministério expôs, ontem, aqui, o que havia sobre o assunto.

O Ministro da Marinha e interino dos Estrangeiros não teru, directamente, nada com o assunto, a não ser no que toca a comunicações, visto que a estação de Monsanto pertence ao Ministério da Marinha.

Depois não houve mais nenhum telegrama sobre o caso, o que não admira, pois em Lãs Palmas não pode trabalhar a telegrafia sem fios.

As comunicações dali fazem-se pelo cabo submarino e, portanto, são sempre mais demoradas.

Não admira, pois, não havermos recebido ainda a resposta às preguntas daqui 'feitas pelo Governo, è ao pedido de detalhes sobre á'avaria para poderem ser tomadas prontas e adequadas providências.

Não há dúvida de que tudo isto é desagradável; mas a verdade é que não constitui caso único ou extraordinário o que sucedeu.

A arribada. de navios é .cousa que se está dando quási constantemerite. São os percalços próprios das viagens por mar.

Terminando, declaro que o Grovêrno tomará as providências necessárias para garantir o prosseguimento da viagem do Chefe do Estado nas melhores condições possíveis.

O orador não reviu.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu (sobre o modo devotar}:—Desejando este lado da Câmara que se abra uma inscrição especial "para tratar do assunto,' não há intuitos de especulação política; há sim o propósito de evitar que uma questão grave para o brio nacional- seja abafada, quando ela deveria ser esclarecida para prestígio da nação.

Só por meio duma inscrição especial eu poderei enviar uma moção para a Mesa. E o que desejo fazer.

O orador não .reviu.

Procede-se à votação do requerimento.

Foi rejeitado.

O Sr. Agatão Lança:—Como não alcancei todas as explicações dadas pelo Sr. Ministro da Marinha, eu peço a S; Ex.a

que me responda às seguintes preguntas :

Se o foi, (f, quem fez essa comunicação ?

Vozes : — Não pode ser ! ^ Então temos "debate aberto sobre o assunto?

O Orador (continuando): — Todos nós temos o direito de saber a jquem pertencem as responsabilidades. E necessário, portanto, para exigi-las a quem de facto as tenha, saber de quem é .a culpa de o • Sr. Presidente da República ter ido para bordo sem que o navio, porventura, ti: vesse feito as experiências das máquinas e a regularização das agulhas.

Espero, pois, que o Sr. Ministro responda às minhas preguntas,

Vozes: — Nãe pode haver preguntas. Não está generalizado o debate. Sussurro.

O Sr. Presidente: — Peço a atenção da Câmara.

O Orador: — Mais nada tenho a dizer. O Sr. Ministro se quiser responda às minhas preguntas; se não quiser não responda.

Tenho dito,

O orador não reviu.

O Sr. Ferreira de Mira (para explita-ções):—Pedi a palavra para agradecer a resposta que me foi dada pelo ilustre Mi-" nistro da Marinha, e peço vénia para dizer ainda alguma cousa sobre essa resposta de S. Ex.a

Sr. Presidente: na parte propriamente política do assunto nós poderíamos conversar largamente, sem que o dia para tanto chegasse. Não é este realmente' o momento para versar o assunto, já porque a Câmara tem de .se ocupar imediatamente de questões inadiáveis, já porque no Conselho realizado em Belém o que foi aconselhado-pelo Chefe do justado foi simplesmente uma trégua política.