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Sessão de 24 de Abril de 1924

acatando-as o buscando uo sou seio orion-tar-sa para o desempenho da sua alta magistratura.

li se há muita cousa a elogiar, a hcme-nagear o a salientai, não ò mcnoi a coragem a decisão máscula com que S. Ex.a soube sempie aicar com a icspousabih-dade dos momentos mais giaves. Muitos apoiados

Jruaunavam aqueles que lutavam (.outra a República que ao piimeno tiro ou íi primeira ameaça S. Eí:.'1 desertaria do seu poso; mas encontrai aiu uni homem mditeieiue a todas as ameaças, bólido, resistindo serena e calmamente. Muitos apoiado?.

Sr. Pi evidente há casos e])isódicos,

palavras e fiasi>s que estão já na história.

Não posso deixai de lecoidar aqui uma

sceua e um episódio do último movimento

revolucionário.

É interessante o contraste de duas pessoas quo Sr encontraram cm contacto.

Na manha do movimento o Sr. Presidente da República eutiã numa das salas do quaitcl do Carmo, onde s>e encontravam alguns indivíduos, e entro eles um. desconhnudo de S. Ex.a, embi ulli.ido uum vasto capote que encobna um pejama de noito.

Esta posso.i, quu assim se apresentava om pojanui, trazendo na algibeua o ultt-tnatitvi dos ie\olucionáiios da Rotunda, não era qualquci pacífico cidadão portu-guCs que, tendo sido acoulado pelo c»tiondear da artilharia, à pic^sa tugisse a eu-contiai abi igo uo quartel do Carmo. N ao. Essa pessoa eia uai geueial do exército poituguês que. por um pouco, não se n.presentava de ihmplos. . j??iò-os.

Kstc general, ao meio dia ainda em pejama, naturalmente ^estldo com ôste trajo pnra tornar mais foi te a ameaça quo trazia na ulgibeha, comunicou ao Sr. Presidente «Ia Republica o seguinte ultutia-tinn.

Os re\oltosos nomearam um Governo presidido pelo Sr. Filomeno da Cíirnaia, •o ele, o homem do pejama, tinha sido con-•vidado para Mmistio da Guena, o que mesmo em pojama ]á aceitai a. Que prevenia o Sr. Presidente da República do quo as forças com que coutava eram as de toda a guarnição do Lisboa o que em poucas hoias desabai ia sôbie o Carmo

toda a anilhai ia de que dispunha e era numerosa.

Serenamente, com calma, indifeiente a todas aquelas ameaças provindas do homem vestido de pejama, o Sr. Presidente da Republica respondeu : Dou-lhe os meus parabéns. Se efectivamente contam com toda a guarnição do Lisboa e se o Senhor já loi 'cou\idado para Ministro da Guerra, continuem. Só lhes posso dar os meus parabéns. Cada um do nób tem os suiis compromissos: o Senhor e os seus camaradas têm us seus; eu, como Piesideuto da República, tenho os meus. Juiei fidelidade :i Constituição o nessa fidelidade liei-de morrei.

Muttos e pio!uii(/ados aplausos Níio é qualidade

O Sr. Picsidento da Re) úbhca tem tido tambtui a coragem da atirma^ào dus su.is opimòcí. Apoiados

Não esqueço que, a quando da \iagem triunfante leita por S. E^.'1 ao Pòito, om 1924, saho Orio, sendo locobido lectivamente poi todas as colectmdadcs, hou\o uma sccua que me impicssiouou

Foi quando na- As-ocia^ao Couiorcial do Poi to -50 pioduziram as j)alaMí'b, qno é sompio costumo proieni poi láliios |)oi-guc-ses, de descrença no Paib e nas forcas de legeneiação que em nós existem.

Recordo-mo bem das palawas que o Si. Piesidcnto da Republica pronunciou ta m serenamente.

Tam lúcidas elas eram nos seus conceitos, que aqueles que as oyviiam, c que ao pimcípiu pareciam estar condenados a moiiei do maniçào por não compreenderem as energias que existem na sofiedacl'3 portuguesa, vi os animaiem-se com um daião novo, como se recebessem da boca do Chefe do Estado as energias que lhes íalta\am.

Vi que o Sr. Pi evidente da República tem um laro condão: sabe excitai em todos com quem fala as energias nccessá-nas paia o combate. Sabe convencei os descientes, como que lessuscitar aquolos que iinagiuam quo estão mortos. Muitos apoiados.