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Diário das Sessões do Senado

carimbados os títulos de dívida externa em França.

Tudo isto não passa duma simples ec-média, comédia sem interesse.pt,ra o País, e conf gravíssimos prejuízos.

Apoiados repetidos das direitas.

Ainda espero que o Sr. Ministro ;las Finanças venha a esta casa do Parlamento para saber os seus propósitos, 53 S. Ex.a está disposto a continuar com esta vergonha que não é nacional, é internacional (Apoiados), ou se procura pôr-lhe termo definitivo, que é a única cousa conveniente que terá a fazer.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:—Mandei prevenir o Sr. Ministro das Finanças para vb na próxima sessão antes da ordem do dia.

O Sr. Medeiros Franco: — Sr. Presidente: desejo chamar para as considerações, que vou fazer, a atenção cie S. Ex.a o Sr. Ministro do Trabalho.

Há dias, no distrito de Ponta Delgada, em Vila Franca do Campo, procedeii-se à eleição para uma Mesa da ."Misericórdia daquela vila.

Parece que se trata de um assunto ds lana caprina, mas não é.

Sr. Presidente: nunca, como r.gora, as corporações administrativas foram largamente beneficiadas pelo Estado e beneficiadas pelo Parlamento com una lei que há tempos se votou para se lhe? pagai em os seus defici*.s. Nunca sobre essas corporações administrativas impendeu tanto a responsabilidade de manter e respeitar as leis do País.

Sucedeu, Sr. Presidente, que no [,rc-pósito de se afastarem republicanos da Mesa administrativa que havia cê suceder à actual, se fez uma eleição na Yila Franca do Campo, à porta fechadf., sem se cumprirem os estatutos. Praticou-se uma descarga de irmãos, que não compareceram, nem foram avisados, e que, tendo sido chamados à Administração do Concelho de Vila Franca do Campo, declaram perante testemunhas que não foram assistir a essa votação, figurando, todavia, os seus nomes como tendo comparecido.

Sr. Presidente: o caso, como não podia deixar de ser, provocou certo escândalo, e da parte dos republicanos um profundo melindre.

Há pouco tempo ainda, os parlamenta* rés pelo distrito esforçuram-se, como sempre, por obter para as corporações administrativas, hospitais e asilos, o auxílio a que elas na verdade têm direito. Por vezes os poderes públicos nos têm atendido, por vezes também os poderes públicos tom feito ouvidos de mercador.

Há pouco tempo, mercê do esforço dos parlamentares que aqui lutaram, essas corporações administra livas foram atendidas e viram cobertos os seus deficits, e uma dessas foi Vila Franca do Campo.

Tenho rscebido de Ponta Delgada reclamações neste sentido. Parece que ao Sr. Governador Civil do Distrito compete intervir para fazer uma sindicância aos actos que se deram no Hospital, mas, melhor será que o Sr. Ministro do Trabalho ordene uma sindicância rigorosa aos actos que ali se praticaram, e acabe ela, como naturalmente deve acabar, pela dissolução desse organismo, nomeando nma comissão que administre essa agremiação até que nos termos dos estatutos se realize nova eleição.

Espero que o Sr. Ministro do Trabalho tomará na devida conta as minhas palavras, certo como estou de que S. Ex.a defende os organismos administrativos, fazendo com que essa eleição se realize, única e simplesmente, do harmonia com os estatutos.

Sr. Presidente: há pouco o meu ilustre colega o querido amigo Sr. Joaquim Crisóstomo lembrou-se de invocar o meu nome para uma causa que ele tam galhardamente estava debatendo. S. Ex.a formulou amargas queixas contra um facto que é da competência não do Sr. Ministro do Trabalho, mas do Sr. Ministro da Agricultura.

Parece que S. Ex.a deveria reservar as suas, aliás, justas e sensatas considerações para quando estivesse presente o Sr. Ministro da Agricultura; todavia, entendeu que devia desde já abordar esse assunto, e ou irei ao encontro da sua orientação referindo-me ao que se passa no distrito de Ponta Delgada, que tenho a honra de representar nesta casa do Parlamento,