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Diário das Sessões do Senado

como resultado perturbações gravíssimas de ordem páblica, cm que não direi terem sido assassinados muitos moageiros, mas terem sido agredidos.

r;E sabe Y. Ex.a quais as côa seque icias dessas perturbações ?

Foi nada mais nada menos do qao alterar o preço da farinha, o pão mais barato e ^ssim se fez para muitos outros géneros, ccnseguindo-se o barateamento da vida.

Sr. Presidente: o Sr. José Domingues dos Santos, que falava em pão e liberdade quando não estava no Poder, hoje não fala, nem em pão, nem em liberdade.

Se porventura S. Ex.a se lembrtr do que disse no Barreiro, em Coimbra e no Porto, se S. Ex.a se lembrar do seu passado, há-de ver a tristíssima figura que faz ocupando aquela cadeira. Se porventura ó um liG':iem bem intencionado e encontra dificuldades à sua frente, o que deve fazer é abandonar o seu lugar e sair com a consciência tranqiiila.

Mas, Sr» Presidente, o quo nós estamos vendo ó um triste espectáculo, unia verdadeira vergonha para a própria Ee-públíca, rue deve colocar 03 interesses do País iicirna dos interesses da moagem,

Tenho àito.

O orador não reviu.

O Sr. Procópio de Freitas : — Sr. Presidente : continua provida in:erimimente pelo Sr. José Domingues dos Santos, Ministro do Interior o Presidente do Ministério, a ^asta da Marinha.

Esta iatsrinidade está causando br.sts.n-tcs prejuízos à boa marcha dos negócios quo dizem respeito à pasta da marinha, porque 3. Ex.a não pode dai1 despacho senão poucas vezes, e além disso, não pode ligar a devida atenção ao B negócios daquela pasta.

E absolutamente indispensável que assa pasta seja provida definitivamente, o mais rapidamente possível, por pessoa competente, por pessoa que esteja disposta a ligar toda a sua atenção à mmnhaj que bem merece a consideração e o carinho de todos OB Ifomeng que dirigem os negrp P/ios da República,

'ApofaJo-íi

A •iiuayâ.o dos oficiais cli tn?uuda, actualmente, em íolaç^o aoã MUI g camaradas do exército, no que diz respeito a

promoções, é muito má. Há capitães de fragata que são mais aatigos em tenentes quo alguns generais.

Além disso, Sr. Presidente, há uma pequena diferença de vencimentos entro o oficial na situação em terra e na situação de embarcado, havendo até oficiais em terra cDm vencimento superior a que se estivessem embarcados, dando isto como resultado que muitos dos oficiais não querem, embarcar.

Além destes, há muitos mais assuntos para qt.e é necessário olhar com toda a atenção quem estiver a dirigir a pasta da marinha, e o que é verdade ô que, pela forma como está sendo dirigida, não há possibilidade de resolver todos estes magnos assuntos.

Já lá vão quási dois meses, ou mais, que se organizou este Govôrno, e já por diversas vezes tenho visto notícias nos jornais acerca de várias entidades iii-digitíidts para Ministro da Marinha; mas, não sei porque, a verdade ó quo até hoje o vSr. José Domingues dos Santos ainda não conseguiu arranjar um Ministro para a referida pasta,.

Sr. Presidente: como se acha presente o Sr. Ministro do Trabalho, peço a S. Ex.a que transmita ao Sr. Presidente do Ministério estas minhas considerações. Vou agora referir-me, especialmente a um decreto que diz respeito à pasta da Marinha, que foi publicado ultimamente, o que não considero em condições de continuar em vigor sem ser remodelado. Ern 15 de Fevereiro do 1921 foi publicado o decreto n.° 7:309, determinando que por 100 emigrantes, ou mais, embarcasse um médico, e por cada grupo de 20 até 50 smigrantes de cada sexo embarcasse um enfermeiro ou enfermeira e um criado eu criada.

Isto ó absolutamente justo, porque os nossos emigrantes viam-se muitas vezes em sérias dificuldades para só fazerem compreender pelo médico, que não falava a sua língua.