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Sessão de 15 de Agosto de 1925

ria da Câmara do Senado deseja a anulação de determinados decretos e a maioria não quere que assim suceda de acordo com o modo de ver dos titulares das pastas a que esses decretos dizem respeito e, portanto, se assim é, se a maioria não transige naquela- indicação já dada pelo leader dó Partido Democrático 3stamos aqui a dar um espectáculo do qual não poderá advir nenhuma glória para nós. E para que na última sessão do Senado nesta legislatura não haja uma sombra de discórdia entre os seus componentes, .melhor seria chegar • à seguinte conclusão: ou a_Câmara dos Deputados tem número para votar os duodécimos, e , nós • aguardamos o tempo necessário para.^que hoje seja discutida no Senado essa proposta, ou a Câmara dos, Deputados não tem número para deliberar e encerramos esta sessão, não estando aqui a.perder tempo visto a maioria não ceder e a minoria em que1 estou englobado não ter número para poder impor o seu ponto de vista.

O Sr. Presidente: — Esta sessão íoi aberta com o consentimento do Senado com o fundamento- de -que esperávamos pela proposta dos duodécimos a vir da, Câmara dos Deputados para a votarmos.

Não estamos pois ao serviço da Câmara dos Deputados, como se poderá supor, mas, sim ao serviço da Pátria e da República, e de forma tal que ninguém poderá imputar ao Senado qualquer falta de correcção ou falta de cumprimento de qualquer dos , seus deveres. Foi unicamente para isso/ •. .• .. ..-

Mas, para o Senado dar até ao fim pró-' vás do seu grande amor ao trabalho, nada impede que até, às 7 horas continuemos na discussão dos projectos e propostas pendentes desta Câmara.

Mui'os'apoiados.

Interrupção que não se ouviu.

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,;. O Orador: — Estou, inteiramente de acordo com as palavras, de V. Ex.a

Permita-me, .porém, V. ,Ex.a que lhe faça uma pregunta.

Obtive na sessão; de.ontem a votação dum requerimento 'em que pedia para entrar em discussão um projecto da minha autoria que dizia respeito à transformação da firma Burnay.

Levantou-se uma celeuma tal no Senado que não deu lugar a que esse meu projecto fosse discutido, trazendo a seguinte .vantagem para o nulo resultado da pror-.rogação da sessão: é que ela fosse prorrogada para se discutir a proposta dos duodécimos e qualquer outra-que o Senado entendesse de urgência e que ainda viesse da Câmara dos Deputados.

Eu entendi patriòticamente que não devia continuar a insistir pela votação do meu projecto de lei, deixando-o ficar para as calendas gregas sobretudo porque uma parte desse projecto já não podia atingir o seu objectivo uma vez que a transformação da firma social Burnay é um facto.

Dando-se a circunstância de ser o caso muitíssimo interessante eu ainda me afouto a fazer um requerimento a V. Ex.a, já que temos de esperar, ilegitimamente, pelos resultados da Câmara dos Deputadas, para que depois da discussão desta proposta de lei seja posto também em discussão o meu projecto de lei.

O orador não reviu.

O Sr. Afonso de Lemos -:—Visto as considerações expendidas pelos Sr s. Augusto de t Vasconcelos, Silva: Barreto, Alfredo Portugal e eu, acerca deste projecto, requeiro que se consulte o Senado sobre se entende .dever ou não discutir imediatamente, esse projecto n.° 930.

O Sr. Rego Chagas: — Este lado da Câmara não concorda com . a opinião do Sr. Afonso de Lemos. .. Mantém a sua resolução já tomada.

Posto à votação o requerimento, é rejeitado. ' "

. O Sr. Artur Costa: — Recebi há três dias um telegrama 'do delegado do Gro-vêrno de; Vila Nova de Fozcoa pedindo que chamasse a atenção do Sr. Ministro do Comércio para uma demolição que se estava fazendo .na" estação do caminho de ferro do Pocinho, a uma parte do cais, para p transportar para uma outra estação. ••• : _

Parece ser isso muito prejudicial para aquela região no que respeita a embarques dos seus géneros.