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2 DE NOVEMBRO DE 1967 1587

Contos
Distribuição na região de Nacala 3 000
Gás natural 2 000
59 400
Produção

Cabora-Bassa p m
Alto Molocué 270 000
Limpopo 15 000
Nacala 30 000
Inhambane 4 000
Messalo 30 000
349 000

Transporte e distribuição

Cabora-Bassa p m
Alto Molocué 170 000
Limpopo 10 000
Nacala 30 000
Inhambane 2 000
212 000

b) Cobertura de empreendimentos já realizados 20 000
640 400

Em primeiro lugar, haverá que recomendar que seja refundido o texto, dentro da orientação já expressa a propósito dos sectores anteriores.
Depois, há que considerar o factor central da política de energia em Moçambique a realização do aproveitamento de Cabora-Bassa, no Zambeze, interessando além de Moçambique vários países vizinhos. Na fase final, a potência instalada em duas centrais seria 3000 MW, subdividida em grupos gigantes de 400 MW cada um. A produção atingiria 18 000 milhões de kilowatts-hora, a preços reputados como dos mais baixos do mundo.
De resto, o Zambeze e seus afluentes permitem perspectivas verdadeiramente fora de série. Só o Zambeze, em quatro escalões (Mepanda-Uncua, Boroma, Lupata e obras até à foz), pode fornecer 50 000 milhões de kilowatts-hora - mais de dez vezes a produção da metrópole e cinco sextos da produção total africana estimada em 1966.
Os investimentos a fazer até fins de 1973, incluindo a barragem, central sul e linha de transporte de 1400 km em corrente contínua para a África do Sul, andariam pelos 6 milhões de contos, sendo aproximadamente 3 200 000 imputados à produção e 2 800 000 ao transporte. O financiamento considera-se assegurado e foram feitos os estudos económicos necessários.
Tomada a decisão de avançar com o projecto, o empreendimento do Alto Molocué poderá ser dispensado, desde que o Malawi receba energia para a transformação industrial das suas bauxites. Nesse caso, terá viabilidade económica o prolongamento da linha por forma a servir a região interessada.
Igual opção se põe quanto ao abastecimento da região de Lourenço Marques. A fazer-se a linha de transporte para a África do Sul, mais tarde ou mais cedo será econòmicamente viável a derivação para aquela cidade, e entretanto é possível obter coerente em retorno do país vizinho e aí entregue com origem no Zambeze.
Assim, o aproveitamento do Alto Molocué, aliás ainda não estudado com o necessário pormenor, deverá ficar sujeito a decisão final sobre realização de Cabora-Bassa. E o mesmo poderá dizer-se quanto à central de Massingir, que importaria em 160 000 contos, para uma produção de energia pequena e cara.

181. Mais uma vez se omitiram no projecto os investimentos a cargo de empresas privadas. Assim, há necessidade de inscrever, pelo menos, os seguintes

a) Em "Estudos", 21 000 contos a despender pela Sociedade Hidroeléctrica do Revuè e 6000 contos pela Sonefe,
b) Na "Produção", 120 000 contos a despender pela S H E R (sendo 30 000 em obras complementares da central da Chicamba e 90 000 no alteamento da respectiva barragem) e 130 000 contos, a despender pela Sonefe, na ampliação da central térmica de Lourenço Marques com um grupo de 15 MW,
c) No "Transporte e distribuição", 45 000 contos a despender pela S H E R e 90 000 contos a despender pela Sonefe (20 000 na ampliação da rede de grande distribuição de Lourenço Marques, para Vila Luísa, Manhiça e Xinavane, para Maotas-Moamba e para Namaacha, e 70 000 no novo meio de abastecimento de Lourenço Marques, que será provavelmente a linha de interligação com a África do Sul para recepção da energia de Cabora-Bassa).

Note-se ainda

a) Inscreve-se uma verba para estudos de aproveitamento de fins múltiplos do no Messalo (3400 contos) e outra para início da execução (80 000 contos), mas não consta, pelo menos expressamente, a comparticipação do sector agro-pecuário, propõe-se que a segunda verba passe a ser inscrita apenas por memória,
b) O mesmo pode dizer-se quanto aos estudos referentes ao rio Malema (10 000 contos).
c) Quanto à inventariação de recursos hidráulicos, ela não diz apenas respeito ao sector de energia e deve, na parte correspondente, ser suportada também pelo sector agro-pecuário.

Para não alongar mais esta apreciação, propõe-se o seguinte esquema de distribuição de verbas.

a) Estudos, produção, transporte e distribuição

Estudos
Contos
Inventariação de recursos hidráulicos
(comparticipação do sector de energia) 34 000
Aproveitamentos hidráulicos de fins
múltiplos (comparticipação do sector
de energia)
Malema 10 000
Messalo 3 400
Aproveitamentos hidroeléctricos
Lúrio 7 000
Rede de transporte e grande distribuição
de Nacala 3 000
Gás natural 2 000
Estudos a realizar por concessionárias
S H E R 21 000
Sonefe 6 000

Produção

Aproveitamento do rio Zambeze em
Cabora-Bassa 3 200 000