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18 DE FEVEREIRO DE 1972 1219

A zona de Lafões fica encravada entre as Regiões Demarcadas dos Vinhos Verdes e do Dão.
Trata-se de uma área bastante acidentada, formando a parte alta da bacia do Vouga. Emolduram-na as serras do Caramulo, Arada, Montemuro, Nave e Cota.
Alem dos concelhos de S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, fazem dela parte as freguesias de Lordosa, Bodiosa, Calde, Campo e Ribafeita, do concelho de Viseu, Alva e Grafanhao, do concelho de Castro Daire, e Cedrim e Couto de Esteves, do Concelho de Sever do Vouga.
0 vinho constitui aqui uma das culturas dominantes, embora a propriedade esteja muito dividida. Cerca de 95 por cento da produção provem de lavradores que nao colhem mais de cinco pipas.
Os vinhos predominantemente tintos têm caracteristicas especiais - entre verdes e maduros - ditadas pela forma de cultura, clima e castas. A casta mais conhecida é a Amaral.
A produção abastece o mercado local, regiões limítrofes e é ainda escoada para Lisboa.
A zona da Beira Litoral Norte é limitada a norte pela Regiao Demarcada dos Vinhos Verdes, leste pela zona de Lafões e pela Regiao Demarcada do Dão, a sul pela Bairrada e a poente pelo oceano.
As altitudes só no concelho de Águeda excedem os 200 m.
A vinha apenas em freguesias dos concelhos de Agueda e de Aveiro atinge certa expressao.
Tal como habitualmente acontece com as produções das terras baixas e humidas, os vinhos são incaracteristicos, de fraca graduação alcoólica e sem vida, dada a sua baixa acidez fixa.
No caso do conselho de Águeda, os vinhos apresentam já caracteristicas que lhes dão aceitação fora da própria zona.
A producao regional e insuficiente para o consumo. A procure excedente é satisfeita pelos vinhos da Bairrada.
Tradicionalmente formada pelos concelhos de Oliveira do Bairro, Anadia, Cantanhede e Mealhada, a zona da Bairrada constitui um dos mais importantes centres produtores de Portugal continental.
O quadro XXVII revela a produção manifestada nestes concelhos nos últimos quatro anos.
QUADBO XXVII
[Ver Tabela na Imagem]
Nesta faixa de terras baixas, entre as bacias do Vouga e do Mondego e desde as abas da serra do Buçaco ate ao oceano, a Cultura dominante é, efectivamente, a da vinha.
A maioria da produção é constituída por vinhos tintos, distinguindo-se por sua cor, adstringência e corpo. Atinge valores elevados o extracto seco. O grau alcoólico situa-se entre os 11° e os 13°.
Os vinhos brancos, embora em pequena percentagem de produção, são de superior qualidade. Para isso contribuem as castas enxertadas, destacando-se a Pinot.
A [...] de «bica aberta» é rodeada de particulares cuidados, tendo também em vista o fabrico de espumantes e de espumosos gasificados.
A percentagem da produção dos lavradores com menos de cinco pipas é superior a 65 por cento da produção total.
0 vinho da Bairrada abastece regiões limitrofes, incluindo os núcleos de Coimbra e do Porto.
Na zona do Baixo Mondego costumam-se distinguir duas subzonas, com características físicas relativamente diversas - uma, a poente e jusante de Coimbra concelhos da Figueira da Foz, Soure, Montermor-o-Vellho e Condeixa), outra, formada pelos concelhos do interior a leste de Coimbra (Góis, Lousa, Miranda do Corvo, Penacova, Penela e Poiares). O próprio concelho de Coimbra fará parte de uma ou outra destas subzonas, conforme a natureza das respectivas areas que o integram.
A configuração do relevo do solo determina certa diferenciação climática entre as duas Subzonas. As chuvas na subzona Litoral sao mais escassas (menos de 1000 mm); na subzona interior chegam a atingir os 1500 mm a 1750mm (Buçaco e Lousa).
Os Vinhos produzidos são principalmente tintos, embora bastante abertos. Os do litoral revelam-se de pior qualidade, com fraco grau alcoolico e baixa acidez fixa, o que compromete a sua conservação e características organolépticas.
A produção é, no geral, consumida na zona.
A zona de Leiria é uma das mais férteis e ricas do País, onde a vinha constitui cultura de importância. Apenas na parte norte e na faixa litoral cede a sua posição de destaque ao pinheiro.
Arquiva-se no quadro XXVIII a produção manifestada nos últimos quatro anos nos concelhos que integram esta zona.

QUADRO XXVIII

[Ver Tabela Na Imagem]

As produções unitárias são, em regra, bastante compensadoras.
Os vinhos são de boa qualidade e definem-se num tipo genérico relativamente uniforme.
Destacam-se os de Alcobaça. Os vinhos criados nas «gaeiras» de Óbidos, nas suas características próprias, têm igualmente muitos apreciadores.
A produção abastece não só a zona, como e exportada para mercados limitrofes, nomeadamente a norte.
A zona do Baixo Zêzere não constitui, geograficamente, uma unidade definida. Embora abranja a bacia do Baixo Zêzere, a sua extensão e a Configuração variada do solo conduzem á própria diversidade da paisagem.
Assim, poder-se-á falar de duas subzonas distintas: a de altitudes superiores a 400m e a das terras mais baixas, ainda que acidentadas.