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24 DE MARÇO DE 1955 672- (83)

Construção, reparação e conservação

102. Considerando o atraso do País em matéria de comunicações por via ordinária, o problema da construção de novas estradas reveste um aspecto agudo para muitas regiões, que não podem desenvolver-se sem elas. Por isso convém examinar as verbas e determinar em súmula o destino do total gasto no período que decorreu desde 1946.
No quadro seguinte indicam-se em conjunto os fins em que foram utilizadas as verbas acima mencionadas:


[ ver tabela na imagem]

Do total gasto couberam l 508 536 contos às estradas do continente e 133 834 às das ilhas. A conservação, e reparação destinaram-se 820 800 contos e à construção 662 042 contos no continente.
A diferença utilizou-se em diversas obras, como casas de cantoneiros e outras..
Nas pontes despenderam-se 261217 contos. Neste caso a verba da construção consumiu 228 709 contos.

Repartição geográfica

103. Reservando para mais adiante a apreciação destas verbas, convém enunciar a sua distribuição por distritos, de modo a ter ideia aproximada da influência regional de cada uma.
Deve desde já notar-se que não podem extrair-se conclusões apressadas do exame das dotações que competiram a cada distrito porque algumas vias de comunicação estradas ou pontes -, embora a sobrecarregarem a quota-parte de um distrito, interessam também a outros. Por outro lado, é sabido haver uma natural tendência, derivada até certo ponto do próprio atraso económico de muitas zonas do País, em favorecer exactamente as regiões do litoral com maiores possibilidades de defesa económica.
O exame das densidades de estradas antes do início da sua reconstrução, em 1928, revela atrasos consideráveis em muitas regiões, que, por falta de meios de transporte, se encontravam, do ponto de vista económico, em circunstâncias extremamente precárias.
Houve então o objectivo de atender a esta grave situação.
Os dois factores - a comparticipação por outros distritos em obras feitas num determinado e a posição desvantajosa de algumas regiões em matéria de transportes - devem ser meditados antes de tirar ilações dos números que vão ler-se e nos dão as somas gastas em cada distrito, quer em pontes, quer em estradas.

[ ver tabela na imagem]

Distribuição das verbas por distritos Estradas e pontes

104. O exame do quadro mostra alguns factos paradoxais, embora de interesse. Nos oito anos que decorreram desde 1946, excluindo as ilhas adjacentes, há um distrito com dotações gastas superiores a 250 000 contos- o de Lisboa; há três com dotações superiores a 100 000 contos - os do Porto, Santarém e Beja; entre
80000 e 100000 contos estão Aveiro, Évora e Setúbal - três distritos.
Superiores a 60 000 contos, mas inferiores a 80 000, estão colocados os distritos de Castelo Branco, Braga, Portalegre, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu e Faro - ao todo oito distritos. E com dotações pagas inferiores a 60 000 contos contam-se Bragança, Vila Real e Viana do Castelo. As ilhas adjacentes foram dotadas por verba especial.