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384 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 151

verno da Nação. Acabam de ser inauguradas, na vila da Marinha Grande, pelo Sr. Subsecretário de Estado da Educação Nacional, que propositadamente ali se dignou deslocar para esse fim, mais oito escolas novas, com doze salas de aula, e anula duas cantinas escolares.
Embora sejam já hoje acontecimentos banais, a que os nossos governantes nos estão habituando, as inaugurações de vulto por todo o País - a prová-lo está o facto de menos de um ano a eles me referir por várias vezes nesta Assembleia -, não posso deixar de trazer-lhes aqui mais uma referência dado o elevado alcance que acontecimentos desta natureza revestem para a desejada e necessária elevação de nível de vida do povo português.
Disse o Sr. Subsecretário de Estado da Educação Nacional na Marinha Grande que «a educação é a empresa mais difícil, complexa e dispendiosa da sociedade, mas, mas mesmo tempo, a mais nobre, a mais fecunda, a mais reprodutiva».
E, porque assim é, a educação do nosso povo está merecendo do nosso Governo a melhor das atenções e a obra que se está realizando é de mérito notável. Nunca será do mais, pois, realçar este grandioso trabalho e manifestar aos nossos governantes não só os nossos agradecimentos, como os maiores elogios pela maneira proficiente como estão encarando os problemas de educarão, apesar da- complexidade que revestem.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - É do conhecimento geral o projecto da proposta de lei dos Ministérios das Obras Públicas e da Educação Nacional sobre o plano de construções para o ensino primário que se encontra na Câmara Corporativa; nele se prevê não só a construção de mais dezenas e meia de milhares de salas de aula, mas ainda um número adequado de cantinas e também a recuperação plena, por reparação e remodelação, de alguns milhares de salas de aula existentes em más condições de funcionamento. Não é sequer esquecido neste diploma o problema do alojamento dos professores primários nos moios rurais mais humildes, procurando-se assim dar solução aos principais problemas que dizem respeito ao ensino primário.
Chegámos agora ao ponto em que tantas e tão graves são as implicações que nos acarretam os compromissos tomados perante os movimentos de integração económica europeia que haverá que lutar, ao lado do próprio tempo, instruindo em massa e na profundidade possível tanto a criança (para assegurar o futuro do País) (como o adulto (para segurança do presente).

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Só assim poderemos colher frutos da grande árvore chamada «Produtividade».
O Governo da Nação assim encara o problema, e por isso o País não pode deixar de estar gratíssimo aos esforços despendidos na decisiva obra da educação nacional a que meteu ombros e eu não posso deixar mais uma vez sem uma palavra e um agradecimento muito especial, em nome dos povos que aqui represento, este «bom caminhar», que agora na muito industrial vila da Marinha Grande acaba de dar mais um grande, passo em frente.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador foi muito cumprimentado.

O Sr. José Sarmento: - Sr. Presidente: no passado sábado dia 4 de Março o Sr. Secretário de Estado do Comércio foi propositadamente â cidade do Porto empossar o director e o director adjunto do Instituto do Vinho do Porto.
Tal facto, de importância fundamental em tudo o sector do vinho do Porto, merece bem ser destacado. Como Deputado pelo círculo de Vila Real, no qual se encontra grande parte, da região demarcada, desejo chamar a atenção da Assembleia sobre, a sua repercussão na produção.
Mas, antes de o fazer, quero agradecer o relevo que propositadamente o Sr. Secretário de Estado do Secretário quis dar ao sector do vinho do Porto, aproveitando a sessão de posse para expor ao País, num magistral e oportuno discurso, os problemas relacionado» com o fomento das exportações. Com tal relevo o Sr. Secretário de Estado quis demonstrar o interesse que o Governo está a tomar pelos problemas do vinho do Porto.
O Douro, preocupado e inquieto com o reduzidíssimo quantitativo que nos últimos anos se tem transformado em vinho do Porto, sente-se novamente esperançado por saber, pela voz autorizada do Sr. Secretário de Estado, que o Governo não descura os seus problemas.
Já se passaram longos e longos anos desde que o Governo, do qual fazia então parte o Sr. Engenheiro Sebastião Ramires, a quem rendo as minhas homenagens ...

Vozes: - Muito bem !

O Orador: - ... criou na região do Douro, através de medidas salvadoras, uma onda de entusiasmo e esperança em melhores dias. O decorrer dos anos, as vicissitudes da guerra e outros factores que não destaco conduziram, talvez erradamente, à impressão de que o Governo se tinha desinteressado do sector do vinho do Porto.
As recentes palavras do Sr. Secretário de Estado, assim como outras já pronunciadas, fizeram novamente, renascer no Douro a esperança de melhores dias.
Sr. Presidente: antes de continuar com a minha exposição desejo saudar o novo director do Instituto do Vinho do Porto, Sr. Engenheiro João de Brito e Cunha, nosso ilustre colega nesta Assembleia.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - A sua inteligência aliada às suas qualidades de grande trabalhador, organizador e fino trato humano são penhor seguro de que a sua dura e dificultosa missão será coroada de êxito. Bem haja o Sr. Secretário de Estado por em boa hora ter escolhido a pessoa capaz para dirigir o Instituto. Difícil e espinhosa será de facto a missão do seu director.
Terá de coordenar os interesses da produção e do comércio, tantas vezes antagónicos.
Simultâneamente terá de os coordenar com o interesse geral da Nação. Para obter uma visão não deformada de todo o sector não deverá tentar avistá-lo através do comércio, como também, evidentemente, não o deverá fazer debruçado ùnicamente sobre a produção. O desequilíbrio entre o número de produtores (cerca de 20 000) e o número reduzido de exportadores, aliado à localização do Instituto na cidade do Porto, não facilita uma visão perfeita do sector. No entanto, tenho a certeza de que as qualidades já destacadas do Sr. Engenheiro João de Brito e Cunha lhe permitirão vencer todas estas dificuldades.
Sr. Presidente: como ainda há pouco referi, o Douro, a quem diz o Douro diz, com certeza, todo o sector do vinho do Porto, encontrava-se deveras preo-