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604-(110) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 166

83. A importância dos serviços autónomos em Moçambique pode mais facilmente ser medida se forem comparados com os de Angola. A sua influência nas despesas e receitas das duas províncias torna-se mais real. A seguir publicam-se os números para Angola e Moçambique referentes ao ano económico de 1958:

(ver tabela na imagem)

Deve observar-se que em Angola há dois caminhos de ferro explorados por entidades particulares: o de Benguela e o de Amboim.
As receitas desses caminhos de ferro não entram no cômputo acima indicado.
E interessante notar que a soma das verbas dos serviços autónomos nas duas províncias sobe a 2 423 000 contos, números redondos.
Este resultado é devido aos portos e caminhos de ferro de Moçambique.

Portos, caminhos de ferro e transportes

84. Os caminhos de ferro da província de Moçambique tinham em 1957 u extensão indicada no quadro que segue:

(ver tabela na imagem)

Ao Estado pertencem 2712,5 km. A rede total é constituída pelos seguintes caminhos de ferro:

Linhas do Estado:

Lourenço Marques: Quilómetros

Linha de Ressano Garcia .... 150
Linha de Goba .............. 77,4
Linha do Limpopo ........... 206,5
Linha de Marracuene ........ 47,3
Linha da Rodésia ........... 361,3
Linhas do porto ............ 88,9

Linha de Gaza .......... 147,8
Linha de Inhambane ..... 106,9
Linha da Beira ......... 464,2
Linha de Tete .......... 279,1
Linha de Quelimane ..... 159,2
Linha de Moçambique .... 623,9
2 712,5
Linhas particulares:
Niassalândia ....... 355,9
Caia-Marromeu ...... 108
463,9
Total ...... 3 176,4

A linha de maior extensão é a de Nacala, nos distritos de Moçambique e Niassa. Mas as mais produtivas são as de Lourenço Marques (linhas de Ressano Garcia, Limpopo e Rodésia) e a da Beira.

85. Em 1958 os caminhos de ferro do Estado transportaram 2 048 600 passageiros e 8 644 968 t.
A maior parte do tráfego concentra-se nos dois caminhos de ferro de Lourenço Marques e Beira. A recente inauguração da linha da Rodésia, com término em Malvérnia, na fronteira da Rodésia, aumentou muito o tráfego do caminho de ferro de Lourenço Marques e do seu porto.
A seguir dá-se o movimento dos caminhos de ferro de Lourenço Marques e Beira nos anos de 1957 e 1958.

(ver tabela na imagem)

Nota-se o considerável volume de mercadorias no caminho de ferro da Rodésia. Pode dizer-se que 1957 foi o primeiro ano de exploração. O transporte de mercadorias nesse ano subiu a mais de l milhão de contos. O tráfego nas restantes linhas do Estado é muito menor.