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9 DE ABRIL DE 1960 604-(27)

GUINÉ

1. Não tem sido fácil regularizar a estatística do comércio externo desta província, que andava muito atrasada. Os pareceres têm insistido pela definitiva colheita de números certos, de modo a poder fazer-se ideia da vida económica da província no que respeita a importações e exportações, e até, se fosse possível, a consumos internos.
A situação geográfica da Guiné pode trazer complicações à sua vida política e económica.
A vigilância interna e boa conduta dos servidos são indispensáveis hoje em toda a África, e, em especial, em territórios nas condições do da Guiné.
A província tem remirmos naturais e uma população laboriosa, que vive pacificamente, pelo menos nas últimas décadas. É susceptível de adaptação a muitos misteres e tem propensão natural para a agricultura progressiva.
Já produziram efeito algumas obras destinadas ao aproveitamento de terrenos para diversas culturas, em especial do arroz, que se utiliza no consumo inferno em larga escala. As obras nas comunicações, realizadas ultimamente, tanto em estradas como nos rios, vão permitir mais fáceis acessos ao litoral e melhores ligações com países vizinhos.
No entanto a posição financeira da província nau é brilhante, e a sua situarão económica deponde, em grande parte dos consumos da metrópole, para onde são exportados os excedentes da sua produção agrícola, principalmente a mancarra.
Uma das tentativas de maior interesse será, em futuro próximo, a procura de mercados externos, porque se presume vir a aumentar a produção, dado que a área beneficiada está a ser rapidamente utilizada.
Por enquanto as receitas mantèm-se com ligeiro progresso no nível das do ano anterior. Julga-se ser possível aumentá-las com o desenvolvimento da proibição, e melhorá-las nos rendimentos culturais. Só com um aumento de receitas ordinárias se podem realizar melhoramentos ainda necessários, destinados a elevar o nível de vida da população.

Comércio externo

2. Tiveram ainda este ano de ser rectificados os números publicados para exportações e importações nos anos anteriores.
Talvez se possam apresentar como definitivos os seguintes:

[Ver Tabela na Imagem]

Os números são diferentes dos publicados no anterior parecer de 1957, mas o seu significado não difere muito e indica deficit na balança do comércio, embora mais atenuado do que em outras províncias ultramarinas.

3. Se forem analisadas as quantidades de mercadorias importadas, nota-se crescimento gradual, que vem de 23 015 t em 1953 para 31 400 t em 1958. Neste ano a metrópole forneceu 25 201 t de mercadorias.

4. Na exportação há dois produtos que ocupam posição dominante: a mancarra em casca e descascada com o valor total de 128 708 contos, e o coconote, com 46 831 contos.
Todos os outros produtos ocupam posição de somenos importância nas exportações.
Apenas o arroz mostra alguma vitalidade, que é oscilante em elevado grau. Assim, em 1056 exportaram-se 4739 t de arroz, no valor de 14 011 contos. Em 1938 a exportação deste produto foi de 892 t, na importância de 2998 contos.
Neste ano a produção aumentou bastante - a estimativa dá 6000 t de acréscimo -, mas o consumo absorveu quase tudo.
Os serviços da agricultura apresentaram a estimativa de aumento na produção, dentro de anos, num quantitativo de l0 000 t.
Julga-se que os postos experimentais e uma nova fazenda agrícola auxiliarão muito o desenvolvimento de outras culturas. Será, assim, possível reduzir a dependência de hoje - de haver quase, só um produto na exportação - a mancarra -, que em certos anos tem dificuldades na sua colocação.
A seguir indicam-se os principais produtos da exportação.