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82-(134) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 118

QUADRO II

[ver tabela na imagem]

Conforme se verifica, Macau desde há anos que tinha apenas seis territórios como seus principais fornecedores: Hong-Kong, China, metrópole, Moçambique. Timor e Alemanha. Porém, em 1958, com o aparecimento de outros, o número dos seus fornecedores elevou-se ao dobro (não figuram neste quadro a Áustria e o Canadá fornecedores em 1958 e que o não foram em 1959), para em 1959, embora desaparecendo dois deles, esse numero de elevar a catorze, mercê do aparecimento de quatro novos fornecedores: Itália, Moçambique, Austrália e Bélgica.
De notar que apenas em 1958 a nossa província ultramarina deixou de ser fornecedora de Macau.
De entre esses fornecedores, continuam, contudo, como principais, e a grande distância dos restantes, as vizinhas Hong-Kong e China.
Mercê da sua exportação de café para Macau, ocupa também Timor uma interessante posição na escala, sendo mesmo quem, em percentagem, mais aumentou, em 1959. e em relação a 1958, os seus fornecimentos a Macau.
Vejamos agora o que se passa com a exportação da província:
Conforme se verifica nu quadro que segue, organizado segundo as fiasses da pauta aduaneira, o valor da exportação de Macau em 1959 aumentou $ 188 520,70 em relação à do ano anterior.
No entanto, para melhor apreciação do quanto as já citadas restrições prejudicam o comércio externo da província, elaboraremos o referido quadro incluindo a exportação havida em 1950, ano este, como é ,sabido, imediatamente anterior àquele em que começaram a verificar-se as mencionadas restrições:

[ver tabela na imagem]

Ora, conforme se pode constatar, em relação a 1959, apenas a classe de «Manufacturas diversas» aumentou a sua exportação, embora em relação a 1958 tenha este ano de 1959 sido muito mais produtivo e benéfico para a província.
Porém, Macau só progrediu enquanto o comércio pôde dedicar-se livremente ao seu mister, consagrando-se à importação de mercadorias com fácil colocação no seu mercado e principalmente, nos mercados vizinhos.
O turismo, florescente em tempos idos, e que tanto contribuía para o desafogo do comércio retalhista, tem hoje, por vários motivos, entre os quais a tensão internacional no Extremo Oriente, muito menor importância. Não obstante são ainda muitas actividades, económicas que permanecem na dependência desta indústria, e numerosos os turistas que diariamente se deslocam de Hong-Kong e vão animar a vida comercial da província. Assim é que o porto de Macau acusou em 1959 um intenso movimento, embora não sejam, contudo, muitos os navios de longo curso que o demandam: são os juncos à vela e a motor e os rebocadores chineses que, quase exclusivamente, movimentam o porto.
Geralmente, o movimento de passageiros, predominantemente de e para Hong-Kong, eleva-se a cerca de 1,5 milhões.
Por sua vez, foi o movimento de hidroaviões apenas de 39, todos de nacionalidade inglesa e provenientes também de Hong-Kong, contra 44, da mesma, proveniência, em 1958.
E, analisada a situação geral do comércio da província, resta-nos completar este rápido estudo económico de Macau reparando na sua indústria.
A mais importante é, sem dúvida, a da pesca, embora se encontre ainda agarrada aos tradicionais moldes da antiga China, isto é, agrupada em volta das chamadas «casas de peixe», ou lons, proprietárias dos juncos de