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82-(142) DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 178

desta variedade excedeu as dos dois anos anteriores, o que, aliás, não admira, uma vez que a grande produtividade desta variedade de café tem levado os plantadores a fazerem novos plantios e por vezes a utilizarem parte das áreas onde plantavam a variedade Arábica.
O café Libéria é, por sua vez, preferido pelos mercados consumidores europeus, não excedendo, contudo a sua produção, desde o após-guerra, cerca de 10 t apenas, em média. Porém, os plantadores têm ultimamente dedicado uma cuidada atenção a esta espécie, procurando intensificar a sua cultura.
Segue-se um pequeno quadro elucidativo das quantidades e valor de cada uma das três referidas variedades de café exportadas por Timor em cada um dos anos do quadriénio de 1956-1959:

[ver tabela na imagem]

Verifica-se aqui, em complemento do que anteriormente se disse, que em 1959 a exportação de café excedeu em 184 t a efectuada no ano anterior, embora, devido à queda de cotação deste produto no mercado internacional, tenha sido uma baixa de valor total no montante de 1229 milhares de patacas, baixa que, aliás, bastante se reflectiu na economia da província.
Depois do café segue-se, no quadro das exportações da província, a copra. Já dela se falou no principio do presente capítulo, havendo apenas a ajuntar que a sua produção se estima actualmente numa média de 1700 t anuais, estando a sua cultura e exploração confiada aos nativos. A cotação deste produto em 1959 subiu em relação ao ano anterior, pois que embora se tenham exportado menos 108 t conseguiu-se, no entanto, em relação àquele ano, um maior valor (+ 120 milhares de patacas).
Segue-se a borracha: a produção tem-se mantido pràticamente estável ao longo do presente quadriénio, embora em 1959 se tivesse, felizmente, registado um acréscimo, tanto em tonelagem como em valor, tendo-se, por sua vez, a respectiva cotação elevado também, embora ligeiramente.
Sabe-se, no entanto, por informações da província, que o número de árvores prontas a entrar em produção tem aumentado e que o seu aproveitamento só não é total por falta de mão-de-obra devidamente qualificada.
Todos os outros produtos, como se disse já e se pode, aliás, constatar no quadro que inserimos atrás, relativo aos produtos exportados pela província, ficam a grande distância, quer em tonelagem, quer em valor, dos três primeiros já citados.
Todavia, um novo produto há que, embora presentemente não tenha ainda a importância suficiente para figurar no referido quadro, estamos crentes, pelas informações que nos chegam, será dentro de poucos anos uma nova fonte de riqueza de Timor. Trata-se do óleo de rícino.
Realmente, a procura deste óleo tem aumentado incessantemente, e, como o seu preço se apresenta bastante convidativo, está-se desenvolvendo na província um
Enorme interesse pela sua exploração sistemática, tanto mais que tanto o solo como as condições climatéricas se mostram favoráveis a tal cultura, a qual nalguns pontos se desenvolve até expontâneamente.
Eis seguidamente um quadro elucidativo do destino dos referidos produtos de exportação da província:

[ver tabela na imagem]

Conforme se constata, em 1959 apareceu um novo cliente de Timor: o Japão. A Holanda continua sendo o melhor consumidor dos produtos da província, enquanto, a partir de 1957, passou a Dinamarca a ocupar o 2.º lugar, intensificando de ano para ano as suas compras a Timor, ao contrário precisamente do que acontece com a Malásia.
Em contrapartida, desapareceram da lista de clientes da província em 1959, e em relação a 1958, a Austrália, o Reino Unido, os estados Unidos da América, a Nova Zelândia, a Guiné e Moçambique, cujas compras em 1958 totalizaram justamente a quantia que, relativamente a esse ano, no quadro anterior se indica sob a designação de «Outros países».
E, como complemento desse quadro, inserimos a seguir um quadro-resumo em que os consumidores dos produtos exportados por Timor nos aparecem agrupados segundo a respectiva natureza em relação à Nação Portuguesa:

[ver tabela na imagem]